Edinei Wassoaski analisa pesquisa que aponta que teto deixou condições mais igualitárias
A adoção de tetos que limitam os gastos dos políticos em campanhas eleitorais é positiva para a democracia. É o que aponta um estudo recém-publicado por um centro de pesquisa norte-americano. Os pesquisadores analisaram o impacto nas eleições para prefeito em 2016 da restrição dos gastos de campanha no âmbito de uma reforma que, além de limitar os gastos, proibiu a doação de empresas.
Em Canoinhas, por exemplo, os candidatos a prefeito não puderem gastar mais que R$ 421,2 mil. Este valor é baseado e atualizado de acordo com o gasto na eleição anterior. Significa dizer que como Beto Passos (PSD) gastou R$ 234,7 mil em campanha no ano passado, maior valor que Beto Faria (PMDB), este valor será a base para fixar um teto para os candidatos de 2020. O valor deve ser corrigido.
Esse teto, antes inexistente, aponta a pesquisa, permitiu que mais candidatos entrassem na disputa, houve menos vitórias de candidatos mais ricos e a taxa de reeleição também foi menor. Na disputa para vereador, cujo teto em Canoinhas foi R$ 42 mil, essa pulverização de candidatos de fato ocorreu, considerando que para a prefeitura tivemos os mesmos candidatos de 2012.
Ao que tudo indica, os efeitos dessa lei, que como qualquer outra pode ser derrubada a qualquer momento, tendem a ser ainda mais promissores à medida que possíveis candidatos a vejam como respeitada. Falando particularmente de Canoinhas isso fica ainda mais claro considerando que o teto fixado foi alcançado perto da metade. Isso quer dizer que teremos campanhas ainda mais baratas em 2020.
A pesquisa aponta que o limite mais rígido estimula a participação de candidatos que, em outro cenário, considerariam impossível concorrer com oponentes de maior poder de arrecadação. Trata-se, sem dúvida, de uma boa notícia.
A PROPÓSITO: Os gastos de Beto Passos e Beto Faria na campanha de 2016 foram praticamente os mesmos. Passos gastou R$ 234,7 mil, já Faria gastou R$ 234,5 mil. Quanta coincidência hein?
A fala do médico
O médico responsável pelo Papca de Canoinhas, Daniel Medeiros, jogou luz no embate entre prefeitura e vereadora Telma Bley (PMDB) sobre a utilização de receitas para psicotrópicos em formulário não oficial. No Facebook ele se pronunciou assumindo que usou receita impressa em seu computador: “É bom destacar que esse tipo de prescrição (branca em duas vias) não carece de controle por numeração emitida pela Vigilância Sanitária. Esse controle numérico por folha individual do talonário é exigido para receitas do tipo B1 e B2. Ambos nunca estiveram em falta no serviço e posso afirmar que raramente são utilizados no Papca pela simples razão de nossa população alvo ser crianças e adolescentes”, explicou.
O médico auditor da Secretaria de Saúde, João Ramão, também concluiu que não houve irregularidade.
“O prefeito me conhece. Não tenho discurso, tenho coração”
da vereadora Camila Lima (PMDB) em resposta às acusações de Beto Passos (PSD) que a criticou em entrevista ao Jornal da Band, da Band FM. Na sequência Camila propôs passar uma borracha na discussão iniciada na Câmara
Deputado Marco Tebaldi (PSDB) esteve na região na quarta-feira, 21. Em Monte Castelo, entregou ao prefeito Jean Medeiros (PSDB), emenda de R$ 488 mil para para serem investidos em infraestrutura e na compra de um ônibus escolar (foto). Em Major Vieira, entregou outra emenda de R$ 257 mil para investir em obras de infraestrutura.
Ignorância
O setor público não é um ser pensante, mas é administrado por pessoas que, via de regra, têm um mínimo de intelecto para discernir o justo do injusto, o certo do errado etc e tal. Nem sempre isso acontece. Prova disso é esse lamentável episódio da ambulância do Samu de Canoinhas que não foi adiante de Rio Negrinho com uma menina em estado gravíssimo por falta de combustível. A menina teve de ser transferida para outra ambulância em um posto de combustíveis (que ironia) porque o Samu não autorizou a família a abastecer o veículo. A burocracia e letargia governamental imperaram sobre uma vida.
NA CAPITAL: O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Bela Vista do Toldo, Gilcione Mazorovicz, pediu em Florianópolis ao deputado José Nei Ascari, recursos para manutenção da Apae da cidade. Aproveitando a viagem à Capital, Gilcione também protocolou ofício solicitando recursos para compra de equipamentos agrícolas para as Associações de Moradores de Bela Vista do Toldo.
Orçamento regionalizado
A Assembleia Legislativa de SC discutiu na tarde de quarta-feira, 21, a relevância de se organizar todo ano reuniões do orçamento regionalizado que, de fato, raramente é cumprido. É o caso de Canoinhas, onde todo o ano uma multidão de assessores, técnicos e deputados torram diárias para montar um circo na Câmara dos Vereadores a fim de discutir as prioridades regionais que, de fato, nunca saíram do papel. Exemplo: a regionalização do Hospital Santa Cruz, de Canoinhas.
RÁPIDAS
OPS: Paulo Machado é gestor e não secretário de Desenvolvimento Econômico. Outro erro: usei a palavra “sucessor” incorretamente quando o certo seria “antecessor”.
SE POR UM LADO…: A assessoria de imprensa da prefeitura exagerou ao usar o termo “multidão” para se referir ao público que participou do Domingo no Parque.
.. POR OUTRO: O bom público que compareceu no Parque de Exposições mostra a carência de diversão no Município e o potencial de eventos como este.
PENSANDO NO FUTURO: Durante o evento, Beto Passos patrocinou passeios de bug para a criançada. Os engraçadinhos não deixaram por menos e alertaram o prefeito: “Criança não vota!”.
R$ 1 BI: Relatório do Tribunal de Contas propõe que Raimundo Colombo devolva às prefeituras o dinheiro que tirou da Celesc para compor o FundoSocial.
R$ 123 BI: foi quanto o Brasil perdeu com esquemas de corrupção nos últimos anos, diz a Polícia Federal.
R$ 1,5 BI: foi quanto a Comissão de Fiscalização da Assembleia autorizou Colombo a emprestar do BNDES para compor a segunda edição do Fundam. Esse valor vai se somar a já astronômica dívida de R$ 18 bilhões do Governo do Estado.
PERGUNTA PERTINENTE:
O PMDB não esqueceu as eleições e prefeito Beto Passos não tolera críticas. E agora?