23 de julho de 2017
O Globo
Manchete: Facções criminosas já controlam UPAs no Rio
Traficantes decidem quem vai ser atendido em unidades de saúde
Este ano, em 16 hospitais públicos, foram 3.386 baleados; em média, 17 por dia
O tráfico já dita as ordens em Unidades de Pronto-Atendimento do Rio. Em Costa Barros, só podem ser atendidos pacientes que moram na favela da Pedreira, enquanto na UPA de Ricardo de Albuquerque o atendimento médico é restrito a quem vive no Morro do Chapadão. As duas favelas são controladas por facções rivais. O aumento da criminalidade e a pressão sobre o sistema público de saúde têm provocado a fuga de médicos e outros profissionais. Na Maré, são os traficantes que decidem quem será socorrido, e eles proíbem o acesso de quem mora do outro lado da Linha Amarela. (Págs. 12 e 13)
Temer manobra e ameaça política ambiental
Presidente cede à bancada ruralista, dona de 41% dos votos na Câmara, para escapar de investigação
De olho nos votos de 211 deputados ligados ao agronegócio, o governo do presidente Temer compromete a política ambiental com decisões já anunciadas e também em negociações em curso com a bancada ruralista, informa RENATA MARIZ. Além de reduzir área de floresta no Pará, o Planalto planeja flexibilizar regras para licenciamento ambiental e prepara medida provisória que pode ampliar o prazo de parcelamento de dívidas bilionárias. A Presidência da República e a Casa Civil não comentaram as propostas em discussão. (Pág. 3)
Maia ajuda o Botafogo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu ajuda ao Ministério da Justiça para que o chileno Valencia, que cumpria pena alternativa, ganhe visto e jogue no Botafogo. (Pág. 41)
Empresas que fazem tudo pelo social
Cresce o número de empresas que nascem para criar soluções para problemas sociais, que vão desde óculos a preço popular a aplicativo de segurança para mulheres. Recursos para o segmento no país já chegam a US$ 186 milhões. (Págs. 29 e 30)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Rodovias privatizadas têm R$ 30 bilhões em investimento parado
Burocracia e pendências judiciais, entre outros problemas, travam negócios
Problemas como indefinições contratuais por divergências entre órgãos públicos, morosidade do governo, dificuldade na liberação ou repactuação de crédito e investigações na Lava Jato travam investimentos estimados em R$ 30 bilhões nas estradas brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). Apesar de cada empresa ser um caso particular, especialistas apontam dois pontos em comum: a solução dos entraves é de responsabilidade do poder público e sua protelação custa caro. Sob a gestão de 21 concessionárias estão 10 mil km de estradas federais pedagiadas. A tarefa de reequilibrar os contratos é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), frequentemente em confronto com o Tribunal de Contas da União (TCU). A ANTT reconhece que tem “visão técnica diferente e vem promovendo discussões com o TCU para harmonizar os entendimentos”. (Economia B1 e B3)
Obra para, pedágio continua
Duplicação da BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Petrópolis, está paralisada há um ano. Mas segue a cobrança do pedágio de R$ 12,40. (B3)
Bolsonaro: em 26 anos, 2 projetos aprovados
Das 171 propostas apresentadas pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em 26 anos de Congresso, 97 foram da área de segurança ou para atender a interesses de militares. Só dois foram aprovados. Pré-candidato à Presidência em 2018, ele praticamente não atuou em saúde e educação. (Política A4)
Piratas saqueiam R$ 100 mi na Amazônia
Piratas armados com fuzis e metralhadoras e em barcos velozes saqueiam R$ 100 milhões por ano de embarcações de carga na Amazônia, informa Karla Mendes. Os alvos preferenciais são barcos com combustíveis, mas eletrônicos da Zona Franca de Manaus também estão na mira dos “ratos da água”. Os assaltos nos trechos Manaus-Belém e Manaus- Porto Velho quadruplicaram: de 50, em 2015, para mais de 200 no ano passado. (Economia B8)
Juízes prolongam internações psiquiátricas
Juízes de ao menos 15 Estados contrariam leis federais e mantêm dependentes químicos e pessoas com transtornos psiquiátricos internados compulsoriamente mesmo após receberem alta. A situação tem causado conflitos entre Justiça e hospitais psiquiátricos, que alegam falta de vagas. (Metrópole A14 e A15)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Região rica atrai vagas, e Nordeste sofre com a crise
Interior representa metade dos postos formais de 2017; taxa despenca entre trabalhadores rurais nordestinos
O impacto da crise sobre o emprego em grandes cidades, aliado ao bom desempenho do campo, ajudou a creditar ao interior do país quase metade das vagas formais criadas no Brasil em 2017. Esse peso vem subindo sem interrupção desde 2013, antes do agravamento do quadro econômico. No primeiro semestre, ultrapassou pela primeira vez os 49%. O interior criou mais de 180 mil vagas com carteira assinada de janeiro a junho. A expansão foi concentrada na agropecuária, mas se estendeu a outros setores. O cenário, contudo, não se aplica ao Nordeste, onde a taxa de ocupação despencou entre trabalhadores rurais. Segundo o IBGE, 2,3 milhões de brasileiros deixaram o mercado de trabalho entre o primeiro trimestre de 2014 e o mesmo período de 2017. Desses, 69% estão no Nordeste. (Mercado A17 e A19)
Trocas para salvar Temer desfiguram a CCJ da Câmara
As mudanças feitas por partidos aliados de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, para barrar parecer favorável à denúncia contra o presidente, deixarão com novatos projetos até então relatados por deputados experientes. A CCJ é a comissão mais importante da Casa. (Poder A4)
O amigo secreto
HQ mostra que ligação com Cunha preocupa Temer em possível delação (Poder A8)
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