Edinei Wassoaski escreve sobre tentativa de Galeski de assumir pasta com maior visibilidade
O fechamento da Cohab em Santa Catarina e a agonia do programa Minha Casa, Minha Vida estão convencendo, cada vez mais, Célio Galeski, de que ele não fez um bom negócio ao deixar sua garantida vaga na Câmara de Vereadores para assumir a agora esvaziada Secretaria de Habitação. Sabe, ainda, que não deve cair em seu colo tão cedo um presente dos deuses (ou do PMDB, nesse caso) como o Loteamento Nossa Senhora Aparecida. Acredite: muita gente afirma – e ai de quem contestar – que Galeski foi quem conseguiu sua casa no conjunto habitacional.
Tal situação fez soar o instinto de sobrevivência política e Galeski já saiu à caça. Quer a Secretaria de Saúde. Como motorista da pasta, sabe que muita gente confunde o direito a uma viagem para tratamento de saúde, à liberação de um exame ou de uma cirurgia como um favor pessoal do secretário.
O cenário para Galeski é favorável. Do ponto de vista político está tudo certo: Galeski apoiou a coligação, cedeu um espaço para comportar seu suplente na Câmara e contentar outro apoiador da coligação e a atual secretária, Alexandra Iglikowski, salvo ter sido ungida pela vereadora ZeniciDreher (PR), é inexpressiva politicamente falando.
Portanto, se Passos avaliar o pedido de Galeski pela métrica política, que durma com sua consciência. Se der apenas uma piscada para o lado, no entanto, enxergará de soslaio os feitos de Alexandra na pasta e verá que não tem porque fazer a troca. Em cinco meses à frente da pasta, ela reduziu filas com a ampliação discreta do “Agendamento por Acolhimento” em seis postos, reabasteceu a farmácia que chegou a quase zerar seu estoque em janeiro, reformulou a estratégia de acolhimento na Unidade de Pronto Atendimento, viabilizou a realização de 77 cirurgias eletivas e promoveu treinamentos para a equipe. Enfermeira concursada há nove anos, Alexandra é técnica respeitada pelos servidores da pasta. Parece claro que, no caso dela, a técnica e a capacidade de execução se complementam, o ideal para um cargo de liderança. Falta, no entanto, a capacidade política. Desde a campanha, Beto Passos (PSD) vem reiterando que esse é o profissional ideal para compor seu governo. Chegou um bom momento para ele provar que isso não passou de discurso vazio.
Rápido e preciso
A Sermog, empresa que explorava até ontem o estacionamento rotativo em Canoinhas, foi pega de surpresa pela administração municipal. Eles sabiam da tensão na relação desde o governo de Beto Faria (PMDB), que já cobrava da empresa os 36% do lucro previstos no contrato, mas não acreditavam que num só canetaço o Município suspenderia a empresa.
A queda de braço deve ir parar na Justiça, embora em nenhum momento a Sermog fale em sair da esfera administrativa. Esses dias sem cobrança serão um teste para ver como Canoinhas se comporta com liberdade total para estacionar, exceto, vagas para idosos e deficientes, claro.
“Isso faz a gente pensar que há algo a mais nessa história”
do gerente comercial da Sermog, Francisco de Assis Nunes, levantando suspeitas sobre a rapidez em suspender a empresa da exploração do estacionamento

PÉS VERMELHOS
O encontro dos peemedebistas puro sangue, OrildoSevergnini (prefeito de Major Vieira) e Eduardo Pinho Moreira (vice-governador), aconteceu na terça-feira, 8, durante vistoria realizada por Pinho e comitiva formada também pelo deputado federal Mauro Mariani nas obras de melhoria na SC-477, que liga Major Vieira e Canoinhas.
Cachorro-quente
Repercutiu a proposta feita pelo vereador WilmarSudoski (PSD) de concurso do melhor cachorro-quente de Canoinhas. Como tudo que cai nas redes sociais, tem comentários para todos os gostos. Ocorre que, a ideia hoje simples e até estranha para alguns, pode na mais otimista das hipóteses criar uma nova identidade para a cidade e se tornar uma atração econômica. Exemplos existem aos montes. O mais próximo é Irineópolis, que ganhou projeção com seu megadesfile de tratores.
Por que Canoinhas não pode se tornar conhecida nacionalmente pelo festival anual de cachorros-quentes?

NA PREFEITURA: O ex-senador Geraldo Althoff (C) visitou o prefeito Beto Passos (PSD) nesta quarta-feira, 9. Estava acompanhado de dois assessores. Presidente da Câmara, WilmarSudoski (PSD – à esq.) acompanhou a visita. Sem cargo eletivo no momento, Althof, que foi autor da Lei do Ato Médico, quando esteve no Senado, tem peregrinado por prefeituras a fim de manter seu nome lembrado pelos prefeitos.
Transporte coletivo
Outro projeto de lei que provocou polêmica esta semana foi o que prevê gratuidade na passagem de ônibus urbano para pessoas entre 60 e 65 anos e meia passagem para estudantes. Muita gente criticou o projeto imaginando que o valor do desconto seria bancado pelos demais usuários. Será?
Autora do projeto, ZeniciDreher (PR) garante que isso não vai acontecer. Para ela não se trata de renúncia de receita, mas de ocupar vagas antes ociosas. Será que o Coletivo Santa Cruz vê o projeto dessa forma?
RÁPIDAS
OBRAS: Vereadores de Canoinhas autorizaram o Município a financiar a compra de maquinários com o Badesc nesta semana.
DE OLHO EM 2018: O PR estadual vem sendo cortejado pelo PMDB, que já ofereceu a vaga ao Senado a Jorginho Melo.
16%: É o percentual de aumento salarial que os ministros do Supremo Tribunal Federal estão pleiteando.
NOTA 10: As 15 escolas estaduais com aulas em tempo integral, caso do Almirante Barroso, de Canoinhas, apresentaram índices de desempenho acima da média. Os dados foram levantados pelo Instituto Ayrton Senna.
14%:foi quanto cresceu o número de indenizações pagas por morte no trânsito no primeiro semestre em SC.
13.2 MIL: catarinenses perderam o auxílio-doença depois de pente-fino feito pela Previdência.
83%: dos beneficiários que passaram por pente-fino do INSS no Estado perderam o benefício. A média nacional é de 79%.
R$ 10 MI: Nota da Folha de S. Paulo que não repercutiu na imprensa estadual mostra que a PGR encaminhou ao Supremo citação ao governador Raimundo Colombo na delação da JBS.