Edinei Wassoaski escreve sobre empréstimo milionário fechado esta semana pelo governador
Na semana em que o governador Raimundo Colombo (PSD) acertou empréstimo de R$ 700 milhões junto ao BNDES para dar o start ao segundo Fundo de Desenvolvimento dos Municípios (Fundam), passou a tramitar na Assembleia Legislativa um projeto de lei do Executivo que limita o crescimento das despesas primárias correntes do governo catarinense por um prazo de dois anos. O congelamento das despesas é uma exigência do Governo Federal, autorizado pela Lei Complementar 156/2016, que estabeleceu o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal. Para aderir ao plano, Santa Catarina não poderá elevar o crescimento anual das despesas, além da inflação do ano anterior, pelo prazo de dois anos.
Na prática fica estabelecido um teto para os gastos com manutenção e folha de pagamento dos serviços públicos como saúde e educação, segurança pública e infraestrura. Os investimentos ficam de fora dessa regra. Ou seja, teremos prefeitos gastando em pavimentações e obras afins, enquanto diminuem-se os gastos com saúde que, detalhe, está com dívida de R$ 500 milhões.
Quem entendeu a questão até aqui e não é acometido de nenhum distúrbio intelectual, a conta é simples: pega os R$ 700 milhões e cobre a dívida da Saúde. Os prefeitos, que obrigatoriamente terão de usar a fatia que receberem do Fundam em obras novas, entenderão.
Errado. O Governo diz que o dinheiro está carimbado para investimentos e não tem discussão. Para a oposição, a desculpa não passa de jogada eleitoreira de Colombo, de olho na disputa pelo Senado em 2018. Quer o apoio dos prefeitos. O líder do PT, deputado Dirceu Dresch, afirma que a medida resultará na precarização dos serviços públicos. O Estado ficará engessado, proibido de investir na melhora do serviço público, mesmo com aumento da arrecadação.
Com este projeto e a dívida bilionária que se desenha, Colombo prepara um futuro sombrio para o Estado. Na melhor das hipóteses teremos obras lindas e filas intermináveis nos postos de saúde.
A PROPÓSITO: Colombo tem ao menos um dado positivo que temos de comemorar. É o segundo Estado mais competitivo do Brasil, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2017. Só perde para São Paulo. O jornal O Estado de S.Paulo fez reportagem mostrando a segurança como ponto forte em SC.
Pé de guerra
A guerra está declarada entre o secretário da Habitação Célio Galeski (PR) e a vereadora Zenici Dreher (PR). Na semana passada, enquanto ela e a secretária de Saúde, Alexandra Iglikowski, participavam de uma conferência, Galeski visitou seis postos de saúde apresentando o “novo” secretário de Saúde. Detalhe, nem Alexandra e muito menos o prefeito e o vice sabiam de nomeação alguma. O apadrinhado de Galeski, ligado à igreja que ele frequenta, foi secretário sem nunca ter sido.
Galeski argumenta que a vaga é do PR e que Alexandra é indicação exclusiva de Zenici, logo, não é do partido. Por isso, ele elaborou documento com a assinatura dos vereadores do PR (com exceção de Zenici) e entregou para o vice-prefeito Renato Pike. O documento embasaria a nomeação de seu apadrinhado.
“Tá na hora de ele assumir a pasta dele e não fazer fuxico nos postos”
da vereadora Zenici Dreher (PR) dizendo que vai fazer fiscalização cerrada na pasta da Habitação depois que Célio Galeski (PR) tentou impor secretário da Saúde
Cynthia Mariani, que lidera o PMDB Mulher em Santa Catarina, esteve esta semana em Canoinhas para promover encontro regional. Com vida política bastante ativa, Cynthia divide o tempo entre as atividades partidárias e as três filhas gêmeas. Cynthia é esposa do deputado federal Mauro Mariani (PMDB), pré-candidato a governador de SC.
Bate e rebate
Na contraofensiva, Zenici fez vários requerimentos pedindo informações da Secretaria de Habitação. Um deles pede projeto de lei que torne públicas as listas de espera por novas moradias.
Enquanto isso, a batata quente foi para as mãos de Pike, que deve reunir a executiva do PR na próxima semana a fim de colocar um ponto final na pendenga que tem provocado desgastes e que, agora, ao ir a público, fulminou o que restava de diplomacia na discussão.
A PROPÓSITO: Instado por Zenici, prefeito Beto Passos (PSD) foi taxativo na resposta: Se Galeski tinha esperanças de emplacar o secretário de Saúde, essas chances foram minadas pelo seu afobamento.
PLEITO: Vice-prefeito de Bela Vista do Toldo, Carlinhos Schiessl (PSD), esteve em Florianópolis pleiteando recursos para a compra de uma pá carregadeira para o Município. Deputado federal João Rodrigues, que estava na Capital, prometeu empenho para obter os recursos.
Sai ou não sai?
Moradores do bairro Alto da Tijuca estão pagando para ver pronta a obra de pavimentação da rua Bernardo Olsen até o dia 28. A obra foi iniciada há mais de um ano, parou, foi timidamente retomada no começo deste ano e, desde então, pelo menos até ontem, nada mais foi feito. O que falta seria a colocação da massa asfáltica. Faz em menos de uma semana? Tanto o prefeito Beto Passos quanto o vice Renato Pike garantem que a obra será finalizada na próxima quinta-feira. O atraso se deve, segundo a prefeitura, à empresa Volpesa, vencedora da licitação.
RÁPIDAS
SIMPLES ASSIM: sobre a absurda “cura gay”, cabe citar Drauzio Varela: “Que diferença faz pra você, pra sua vida pessoal, se o seu vizinho dorme com outro homem; se a sua vizinha é apaixonada pela colega de escritório? Que diferença faz pra você? Se faz diferença, procura um psiquiatra. Você não está legal.”
SUCESSO: delegado Rui Orestes Kuchnir recebeu correspondência do procurador geral de Justiça Sandro Neis, parabenizando a Polícia Civil de Canoinhas pela Operação Reprobus.
ATRASOU: a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Canoinhas deve ser inaugurada em outubro. A previsão inicial era abril.
CANOINHENSE: vereadores de Canoinhas deram total apoio a candidatura de Reinaldo de Lima Jr para reitor da UnC. Eleições acontecem em novembro.
QUEBRA DE DECORO: Autoridades que acompanharam o desfile de 7 de setembro em Canoinhas ainda tentam se recuperar da imagem de crianças rebolando até o chão durante uma das apresentações.
R$ 12 MILHÕES: são necessários para suprir a necessidade de combustíveis para as forças de segurança de SC.
R$ 9 MILHÕES: é a dívida acumulada somente pela Polícia Civil de SC.
PERGUNTA PERTINENTE:
Alguém sabe como anda o programa Um Computador por Aluno? Vereadores querem saber