Para representante do Partido dos Trabalhadores, os servidores que lotaram as galerias do plenário deveriam pressionar o Executivo
O reajuste de servidores de diversas categorias monopolizou os debates na penúltima sessão ordinária do ano da Assembleia Legislativa, ocorrida nesta terça-feira, 19.
“De 2005 para cá aprovou-se algumas leis que não se avança mais no plano de cargos e salários do conjunto das categorias, foi se criando penduricalhos, uma parte recebe, outra não, daí vieram as emendas dos deputados e isso está trazendo insegurança jurídica”, advertiu Dirceu Dresch (PT).
Para o representante do Partido dos Trabalhadores, os servidores que lotaram as galerias do plenário Osni Régis deveriam pressionar o Executivo.
“Quando o Executivo não cria uma política de cargos, fica esta situação de pressão aqui, mas o foco devia ser no palácio do governo, mas estamos aqui para ajudar”, ponderou Dresch.
O deputado Altair Silva (PP) minimizou a responsabilidade do governo e hipotecou apoio a reajustes aos servidores da base da pirâmide e não aos “privilegiados” do topo.
“O estado vive em grande dificuldades, não adianta culpar quem saiu ou entrou, existem setores privilegiados, que têm benefícios elevados e querem cada vez mais benefícios elevados, estes não contem com meu voto, mas podem contar com o meu voto para aqueles que mais precisam”, informou Altair.
Roberto Salum (PRB) reafirmou seu apoio às reivindicações do funcionalismo público e pediu apoio dos colegas para a reivindicação dos escrivães e agentes da Polícia Civil.
“Tiraram duas vezes da minha categoria, para o Tribunal de Justiça, tudo aprovado, Ministério Público, tudo aprovado, e nós estamos há quatro anos sem aumento, espero que esta Casa corrija o erro que cometeu”, declarou Salum.
Salum criticou o líder do governo, deputado Darci de Matos (PSD), sinalizando que os aumentos derivados de emendas parlamentares seriam aprovados para criar dificuldades de caixa para o próximo governador.
“O líder do governo, que era contra tudo e todos, fez uma negociação com a Casa Civil nos colocando numa situação delicada e aprovando tudo, porque o próximo governo é do Pinho Moreira”, ironizou Salum.
Maurício Eskudlark (PR) defendeu emenda de sua autoria que prevê promoções semestrais na Polícia Civil.
“Nossa emenda é boa para a polícia como um todo, o que a gente quis colocar é uma questão de justiça, a Polícia Militar fez quatro promoções, nós estamos com 1,2 mil promoções paradas, então nossa emenda diz que em maio e novembro vai ter promoção”, justificou Eskudlark.
O deputado, por outro lado, concordou com Altair Silva e Dirceu Dresch acerca das assimetrias salariais entre as diversas categorias de servidores e citou o exemplo da Defensoria Pública (DP).
“A Defensoria vai passar por momentos de dificuldade, só pensaram nos defensores e os servidores que estão na linha de frente ganham R$ 2 mil”.