O corpo apresentava várias lesões, mas somente a perícia será capaz de apontar a real causa da morte
O corpo de Antonio Carlos dos Santos, 36 anos, que havia desaparecido na noite de domingo, 31, no bairro Alto do Mussi, em Três Barras, foi encontrado na manhã desta quinta-feira, 4, enterrado em uma cova rasa às margens da BR-280, no KM 6, entre Canoinhas e Três Barras. Segundo familiares, ele teria passado a tarde na casa da esposa, no mesmo bairro (eles moram em casas separadas). Por volta das 19h disse que iria para casa a fim de pegar espetos para fazer um churrasco. Antes passaria na casa de um colega. Desde então a família não havia tido mais informações sobre o paradeiro de Santos.
O corpo apresentava várias lesões, mas somente a perícia será capaz de apontar a real causa da morte.

Segundo o delegado regional Rui Orestes Kuchnir e o agente de Polícia que comandou a investigação, todo o processo para se chegar ao corpo da vítima começou com duas investigações que aparentemente não teriam ligação – a suspeita de latrocínio no caso de Antonio e um roubo ocorrido no dia seguinte no bairro Piedade, em Canoinhas.
No caso do roubo, ladrões armados invadiram a casa, renderam a dona da residência e levaram joias e outros objetos de valor, incluindo um notebook. Esse computador foi visto por policiais dentro de um veículo suspeito que estava destrancado estacionado nas proximidades de uma casa onde suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Antonio costumavam frequentar. A partir de então, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) passou a monitorar o veículo.
Na noite desta quarta-feira, 3, o carro foi retirado do local. “Cercamos todas as saídas da cidade e perto das 23h e monitoramos o carro até Rio Negrinho. Abordamos o veículo e encontramos sete pessoas dentro do carro. Interrogando eles e conseguimos pistas de onde estaria o corpo de Antonio”, relata Kuchnir. Entre os suspeitos – quatro homens e duas mulheres – estava a adolescente de 15 anos que tinha um relacionamento amoroso com Antonio. Ainda no carro estava um ex-funcionário da vítima do roubo do bairro Piedade, o que confirmou a ligação entre os crimes.
O delegado Kuchnir disse que descarta sequestro no caso de Antonio. “Acreditamos que eles mataram o Antonio porque ele não disse onde estaria uma quantia em dinheiro que eles afirmavam que ele tinha. No segundo caso, do roubo, eles conseguiram o que procuravam”, explica.

Os sete detidos estão na Delegacia de São Bento do Sul. Há dois moradores de Canoinhas, entre eles a menor que ainda não foi ouvida pela Polícia.
Kuchnir agradeceu ao trabalho de investigação da Polícia Militar de Rio Negrinho, Polícia Civil de São Bento do Sul e dos bombeiros de Canoinhas, que ajudaram na retirada do corpo de Antonio da cova.
