Somente 1,4% dos atendimentos no PA de Canoinhas progride para hospital

Média mensal de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Canoinhas é de 4.960 ocorrências. Maioria dos casos são resolvidos na própria Unidade

 

Apenas 1,4% dos atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (PA) de Canoinhas é encaminhada para o Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC) ou hospitais da região. Dos 4.960 atendimentos mensais, uma média de 70 terminam sendo transferidos para hospitais. Todos os demais casos são atendidos no PA e liberados em seguida.

 

 

“Isso mostra que o atendimento rápido e eficaz evita o internamento”, afirma o diretor do PA, dr. Adriano Aguiar. Ele lembra que esse número tende a reduzir, considerando que no ano passado, por exemplo, por pelo menos um mês casos de obstetrícia tiveram de ser atendidos no PA por falta de médico pediatra no HSCC.

 

 

O dado também reflete a confusão que muitos pacientes fazem entre o serviço do PA e dos postos de saúde. “O PA é para casos de urgência e emergência”, frisa Jaqueline Chagas, coordenadora do PA. Enquadram-se casos de pressão e febre alta, acima dos 39 graus, fraturas e cortes com pouco sangramento, infarto e derrame, queda com torção e muita dor ou suspeita de fratura, cólicas renais, intensa falta de ar, convulsão, dores fortes no peito e vômito constante.

 

 

Estes casos, ao dar entrada no PA, são classificados conforme protocolo de atendimento. Os “emergentes”, classificados com código vermelho, têm total prioridade. “Muito urgentes” (laranja) podem esperar até 10 minutos. Os “urgentes” (amarelo) podem aguardar por até uma hora. “Pouco urgentes” (verde) podem esperar até duas horas. Por fim, os “não urgentes” (azul) podem esperar até quatro horas.

 

 

Os demais casos, que podem aguardar mais que quatro horas, têm de ser tratados nos postos.

 

 

NOVO MODELO

Até o final de 2016, o PA era administrado por uma empresa terceirizada. Desde janeiro de 2017, com Beto Passos (PSD) assumindo a prefeitura, houve alteração no modelo de gestão. Liderada pelo dr Adriano Aguiar, um grupo de médicos locais passou a atender na Unidade. Com a medida, estima Passos, a economia mensal é de pelo menos R$ 50 mil por mês, o que rendeu uma economia anual de R$ 600 mil.

 

 

As equipes, com dois médicos 24 horas, trocam de plantão às 7h e 19h. São quatro técnicos de dia (três à noite), uma enfermeira em cada plantão, um higienizador a cada plantão, um recepcionista por plantão e um técnico em Radiologia por plantão.

 

 

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