Eles teriam tentado furtar peças de uma nova cúpula da igreja ucraniana
Policiais de Canoinhas que fazem rondas com motocicletas (Rocam) atendiam a uma ocorrência de acidente de trânsito na rua Pastor George Weger na noite desta segunda-feira, 29, quando foram informados por uma mulher que dois homens estariam furtando peças de alumínio que seriam usadas para a cúpula da nova sede da Igreja Ucraniana que fica na mesma rua. Quando a viram os dois homens fugiram do local.
A dupla suspeita foi localizada em seguida. Um deles carregava uma chave de boca número 8. Os dois foram levados para o local do crime e reconhecidos pela testemunha.
Diante da confirmação da tentativa de furto, os dois foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.
Furto*
Ao contrário do roubo, o furto não presume violência ou ameaça contra a pessoa para ser praticado. O único tipo de violência prevista é a necessária à “destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa”, modalidade também conhecida como arrombamento. O furto está configurado no artigo 155 do Código Penal:
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
A pena pode ser aumentada de um terço se o furto é praticado “durante o repouso noturno”. E a lei equipara a coisa móvel a energia elétrica ou “qualquer outra que tenha valor econômico”.
No caso de furto qualificado, a pena sobe para dois a oito anos. Além dos casos em que ocorre arrombamento, o furto é qualificado quando é praticado “com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza”, “com emprego de chave falsa” (a popular micha) ou “mediante concurso de duas ou mais pessoas”.
Da mesma forma que o roubo, o furto também prevê aumento de pena – reclusão de três a oito anos – se o objeto do furto for “veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o Exterior”.
Apesar de aparentar violência contra a pessoa, a trombada é classificada como furto, porque um esbarrão e a técnica de arrancar a bolsa e correr não chegam a ser considerados práticas violentas.
*o JMais passa a publicar explicações sobre crimes e infrações mais comuns noticiadas pelo site como forma de esclarecer o internauta. Os textos são do jornalista Marco Antonio Zanfra, publicados no seu livro Manual do Repórter de Polícia