Gersa de Canoinhas – o porquê da minha luta

Em artigo, vereadora Norma Pereira defende a reativação da Gerência de Saúde de Canoinhas                  

 

Norma Pereira*

 

Muitas pessoas têm me indagado o porquê de todo o meu empenho contra a transferência da Gerência Regional da Saúde de Canoinhas (Gersa) para Mafra, portanto, venho por meio deste apresentar os principais motivos.

 

Em primeiro lugar, entendo tratar-se de uma luta legítima por ser a Gersa um órgão importante na promoção de políticas de saúde e que existe em Canoinhas desde o início dos anos 1980, o que por si só nos indica nada ter a ver com a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR, posteriormente chamada de ADR), criada no primeiro governo do saudoso Luiz Henrique Silveira, de 2003 a 2006.

 

 

Em segundo lugar, me empenho pela permanência da Gersa em Canoinhas porque sei dos excelentes trabalhos executados ao longo desses quase 30 anos de existência em nossa região, contando com dois prédios próprios e plenamente estruturados com laboratórios e computadores apropriados para o brilhante desempenho de 20 funcionários concursados que exercem com denodo as suas funções.

 

Nesse tópico, e à título de ilustração, ressalto que das mais de 30 agências existentes no Estado de Santa Catarina, das quais 15 estão na mesma situação que a de Canoinhas, a nossa e a de Laguna são as que mais se destacam em razão do dinamismo, competência e aperfeiçoamento profissional dos funcionários, que elaboram projetos, buscam recursos, inclusive a nível Federal, e obtêm resultados espetaculares, sempre no sentido de melhor estruturar o órgão, melhor capacitar os profissionais e atingir o nobre objetivo de espalhar saúde em nossa região.

 

Em terceiro lugar, me solidarizo com essa luta porque o argumento de contenção de gastos não se justifica e representa um desrespeito aos funcionários do Órgão e à nossa população, isso porque:

 

  1. o prédio onde a Gersa funciona é próprio e, portanto, não há despesa com aluguel;
  2. os 20 funcionários são todos concursados e, portanto, mesmo que alocados em outros órgãos públicos, o Estado não deixará de pagar todos os vencimentos;
  3. os funcionários são altamente capacitados para as funções que exercem atualmente e, caso sejam alocados em outros órgãos, correrão o risco de atuar em áreas diversas daquelas à que estão inteirados e, portanto, serem subaproveitados;
  4. caso a Gersa vá para Mafra, novas contratações deverão ser realizadas, o que implica em mais gastos;
  5. toda a estrutura necessária ao funcionamento da Gersa está em Canoinhas, e o seu fechamento implicará na desativação de um laboratório de entomologia (estudo das doenças transmitidas por insetos), setor de vigilância sanitária e epidemiológica, rede de frio para conservação de vacinas e medicamentos em geral (central com câmaras frias/gerador de energia, aparelhos de ar condicionado), bem como a perda de todos os veículos obtidos junto ao Estado e União Federal, através de projetos aqui formulados e aprovados pelos órgãos destinatários.

 

Portanto, entendo ser oportuna e legítima a minha luta e de todas as pessoas a quem me aliei no intuito de mover esforços para que a Gersa permaneça em Canoinhas, desempenhando suas funções normalmente.

 

Ainda, convoco todos quantos comungam desse entendimento, que desejam defender essa causa e que estão preocupados com a sequência de perdas impostas pelo Governo do Estado ao nosso município para que se juntem a nós para defender o que é nosso de DIREITO e de JUSTIÇA.

 

*Norma Pereira é vereadora pelo PSDB em Canoinhas

 

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