Ministros e Petrobras discutem alta no preço dos combustíveis e protestos

Na região há ponto de protestos em Monte Castelo e Mafra, mas veículos pequenos estão com passagem livre, segundo a Polícia Rodoviária Federal

 

Pelo segundo dia consecutivo, a alta no preço dos combustíveis é tema de reuniões em Brasília. Os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas Energia, Moreira Franco, têm encontro marcado nesta terça-feira, 22, a partir das  9h, com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, para uma conversa técnica sobre o assunto.

 

 

As reuniões ocorrem no momento em que os caminhoneiros deflagraram uma paralisação por tempo indeterminado e que bloqueiam rodovias em vários estados. A categoria reclama do reajuste das tarifas do diesel, que encarecem o valor do serviço.

 

 

No final da tarde desta segunda-feira, 21, o presidente Michel Temer convocou uma reunião de emergência para tratar do mesmo tema com os ministros Moreira Franco (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda), Esteves Colnago (Planejamento) e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, no Palácio do Planalto.

 

 

Também nesta segunda a Petrobras informou que deverá elevar os valores do diesel em 0,97% e os da gasolina, em 0,9% nas refinarias a partir desta terça. Na semana passada, houve vários reajustes de preço nas refinarias.

 

 

Há discussões no governo sobre a possibilidade de redução da cobrança de tributos sobre os combustíveis. Existem situações em que a composição de impostos supera 40% do valor final do preço.

 

 

Padilha disse que o governo estuda uma forma de tornar os preços dos combustíveis mais “previsíveis”.

 

 

 

REGIÃO

 

Manifestantes bloquearam a passagem nos dois sentidos no KM 99 da BR-116, em Monte Castelo, na manhã desta terça-feira, 22. O manifesto iniciado por volta das 8 horas terminou por volta das 9h15 e não gerou congestionamento significativo. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 9 horas havia congestionamento de 200 metros ao sul e 500 metros ao norte.

 

 

Os manifestantes protestam contra o aumento desenfreado do preço dos combustíveis, com ênfase no diesel, usado em caminhões. O manifesto continua em Monte Castelo, mas com pista liberada nos dois sentidos.

 

 

Há outros pontos de manifestações na região – um em Mafra e outro em Santa Cecília. A situação foi atualizada às 8 horas pela PRF:

 

 

KM, 7 em Mafra: ambos os sentidos liberados sem registro de lentidão. A paralisação de veículos (caminhões e carretas) acontece em acostamentos a aproximadamente 3 km em cada sentido.

 

– KM 138, em Santa Cecília: ambos os sentidos liberados para veículos leves, ônibus, veículos de emergência e caminhões com carga viva. Veículos de carga estacionados em faixa de domínio. Não há registro de lentidão.

 

ESTADO

De acordo com a PRF, ao menos 18 trechos de estradas federais estão com caminhões paralisados. Além do trecho da BR-116 em Monte Castelo, há um segundo ponto com bloqueio total da pista no km 282 da BR-101 em Imbituba, onde manifestantes interromperam o trânsito por volta das 8h.

 

 

A rodovia com o maior número de paralisações é a BR-101, onde os caminhões fazem fila em cinco trechos, do Litoral Norte ao Extremo Sul: Itajaí, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna e  Araranguá. Outras manifestações são realizadas na BR-282, BR-470, BR-280 e BR-116 — o que afeta praticamente todas as regiões de Santa Catarina.

 

PARANÁ

O movimento dos caminhoneiros e carreteiros autônomos prossegue com a paralisação no entroncamento das Rodovias federais BRs 476 e 153, em União da Vitória. O movimento iniciou no início da noite desta segunda-feira, 21.

 

 

Centenas de caminhões e carretas estão parados às margens das duas rodovias e nos pátios dos postos de combustíveis da região. Pneus estão sendo queimados nas duas rodovias, mas não há interrupção do tráfego.

 

 

Conforme o caminhoneiro “Bota”, um dos líderes do movimento, estão sendo liberados o transporte de cargas vivas, produtos perecíveis, ônibus, ambulâncias e veículos de emergência. As carretas e caminhões estão sendo orientados a encostar às margens das duas rodovias ou nos pátios dos postos, oficinas mecânicas e restaurantes. (Com VVale)

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