Quando Orildo Severgnini (PMDB – foto) foi até o Fórum da Comarca de Canoinhas em julho do ano passado a fim de ser diplomado e recebeu a notícia de que, de madrugada, Israel Kiem (PSD) tinha conseguido uma liminar de Brasília para se manter no cargo de prefeito de Major Vieira, rodou nos calcanhares e, calado, voltou para São Paulo, onde estava trabalhando. Sabe-se Deus o que se passava pela sua cabeça. Ao vê-lo ser empossado e diplomado nesta terça-feira, 19, dá pra se imaginar que as palavras ‘persistência’, ‘revanche’ e ‘nada como um dia após o outro’ devem ter sido algumas das que passaram por sua cabeça.
Severgnini assume a prefeitura de Major Vieira seguindo o mantra de Gandhi. Com muita paciência fez a cama de Kiem, desde a campanha, ao se certificar de acompanhar todos os passos do rival. Kiem o subestimou. Deu no que deu.
Severgnini é adepto da política de porta em porta. Centralizador, chegou a acumular quatro secretarias no seu gabinete. “Para economizar”, justificava.
Até onde administrar a prefeitura (ou a Justiça deixar), não deve ser diferente. Kiem, por sua vez, não deve engolir em seco a cassação. Assim como jamais engoliu, vai lutar até o fim. Enquanto não consegue voltar, deve infernizar a vida de Severgnini usando da única munição que lhe resta: a maioria na Câmara de Vereadores.
Ainda Três Barras
Presidente da Câmara de Três Barras, João Canani afirma que não “tomou” celular de ninguém, conforme publicado na coluna. O que houve foi um “comum acordo” para conter despesas. Lembra também que o automóvel alugado para viagens dos vereadores existia até 2012 e não 2013, quando ele assumiu a Casa.
Joel da Cruz, por sua vez, esclarece que não carregou as contas da Câmara debaixo do braço quando viajou há duas semanas e, coincidentemente, as contas saíram do site da Casa de Leis. Ele afirma que a mudança da Câmara para a sede da Tecplan causou danos ao sistema, levando automaticamente à retirada do material do site. O material, contudo, já está no ar novamente.
Desvio
Acordo entre a empresa Mili e o Governo do Estado pode por fim à novela que virou o desvio necessário para escoamento da produção da MWV Rigesa. A Mili deve construir o desvio em troca de créditos de ICMS. O mesmo havia sido oferecido à Rigesa, mas como a empresa tem um alto valor acumulado em créditos para receber do Estado, achou inviável o acordo.
Moradores da localidade de Rio dos Pardos aguardam ansiosamente a prefeitura colocar pra funcionar a escola construída na localidade. Segundo moradores, ninguém dá satisfação sobre o caso e a obra já acumula mato e sujeira. Ainda no posto de saúde médicos não aparecem há semanas. Este é o segundo prédio público abandonado em Canoinhas só neste ano. Soma-se ao Cras do Loteamento Santa Cruz.
RÁPIDAS
OSSO DURO: Depois de muita conversa, prefeito Elói Quege (PP) conseguiu arrancar 2 mil m² do Campo de Instruções Marechal Hermes para construção de um posto de saúde.
TRÊS BARRAS: Ficou para a próxima semana a apreciação do projeto de lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos pela Câmara. Novas emendas atrasaram a votação.
MAIS UM: Três Barras tem um novo candidato a deputado estadual. Gildo Hoffmann (PSC) anunciou candidatura nesta semana.
POÇO ARTESIANO: A Casan promete resolver o problema de falta de água na localidade de Paranazinho, em Arroios. As obras começam nos próximos dias.
TUCANOS: A argumentação do prefeito de Irineópolis de que não passa de intriga da oposição o fechamento do Samu não cola. Isso porque o denunciante é filiado ao seu partido há anos.
DIÁRIAS: Quando o Correio do Norte publicava os gastos das Câmaras da região, vereadores bem próximos usufruiam dos encantos de Foz do Iguaçu. Próximo trem da alegria terá como destino o Rio de Janeiro.