Em uma eleição em que o eleitorado tende a rejeitar a política tradicional, tucanos podem ter errado o pouso
Vantagem o fardo?
O apoio dos partidos do centrão (PP, PSD, PR, PTB, DEM, PRB, Solidariedade, PPS, PV, PHS e Avante) ao candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, pode ser vantagem ou um fardo a se carregar pensando somente na campanha. O eleitor brasileiro já deu demonstrações de que rejeitará a política tradicional nestas eleições e não há nada mais tradicional na política do que o praticado pelo Centrão. Foram eles, por exemplo, que apoiaram o impeachment de Dilma, não sem antes tentar negociar participação no Governo. Ou seja, se Dilma lhes desse o que queriam, teria salvado seu mandato.
A grande questão para o eleitorado é, o que Alckmin dará em troca de praticamente 40% do tempo de programa de TV que o Centrão lhe garante? Não precisa fazer exercício de futurologia para prever. Basta uma visita a um passado recente. Para livrar a cara de Michel Temer (MDB) do impeachment, os partidos do Centrão fizeram a mesma proposta feita a Dilma. A diferença é que Temer cedeu e afundou o Brasil ainda mais no buraco da crise fiscal.
Se eleito, Alckmin já sabe que por ter vendido a alma ao diabo, terá de ceder. No entanto, foi pragmático. Se para se manter no poder terá, de qualquer forma, de negociar com o Centrão, por que não desde já, se valendo da vantagem em tempo de TV e palanques País adentro?
Extremo

No outro extremo está Jair Bolsonaro (PSL), com dificuldades para encontrar seu vice e formar coligações. Já disse que seus 8 segundos na TV não importam perto da militância que consegue mobilizar nas redes sociais. Bolsonaro, de fato, ganha ponto com o eleitorado ao mostrar que não está disposto a tudo para aglutinar partidos em torno de seu nome, mas atitudes como ensinar criança a usar os dedos para simular um revólver não o ajudam certamente.
Extremistas para todos os gostos
Quem opta por candidatos extremistas estará bem servido nestas eleições. De um lado um extremista de direita, Jair Bolsonaro (PSL), de outro um extremista de esquerda, Ciro Gomes (PDT).
Progressistas

Mais de 600 filiados ao Progressistas e simpatizantes lotaram a Sociedade Desportiva Gaurani na noite desta quinta-feira, 19, em São Bento do Sul com a presença dos pré-candidatos a deputado federal, Marcio Drevek, a deputado estadual Silvio Dreveck e a governador Esperidião Amin.
O evento, promovido pelo diretório progressista municipal, ampliou sua relevância com a presença de lideranças de Corupá, Campo Alegre, Rio Negrinho, Paulo Lopes, Laguna e Florianópolis.
Pra que lado eu vou?
Se o PR confirmar apoio a candidatura de Mauro Mariani (MDB) em Santa Catarina, Canoinhas terá um prefeito trabalhando a favor de um candidato, no caso Gelson Merisio (PSD), e um vice trabalhando por outro. Renato Pike é o chefe do PR em Canoinhas e já afirmou que não vê problema nenhum nisso.
Saia justa para o prefeito Beto Passos, que além de ter de defender um candidato que sempre esnobou Canoinhas (passou reto por Canoinhas quando fez pré-campanha em dezenas de cidades-polo), terá de ignorar que Mauro Mariani foi o deputado federal que mais ajudou Canoinhas nos últimos anos.
ESTÁ DITO
“O Congresso não será renovado em sequer 25%”
do senador Fernando Collor (PTC), prevendo um cenário sombrio para a próxima legislatura