O que poderia provocar ruído no debate da Band nesta terça-feira, 26 – a presença de nanicos como Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV) – contribuiu, e muito, para o eleitor entender pelo menos algumas das facetas dos principais candidatos – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC). Simplesmente porque os três fizeram o papel do povo. Sabendo que tem pouquíssimas chances de eleição, os três jogaram pesado com os quatro que, sem interesse de contra-atacar, ficaram apenas na defensiva.
Os nanicos enfatizaram a desigualdade econômica brasileira, frisando a defesa dos banqueiros por parte do governo e a blindagem em torno de grandes fortunas. Bateram pesado no que os três candidatos que estão melhor nas pesquisas têm em comum – a manutenção da velha política. Encurralaram Marina, que diz representar a nova política, mas diz reconhecer bons quadros no PT e PSDB, dando a entender que fará um governo híbrido. Marina, é bom lembrar, foi ministra de Lula.
Marina, Aécio e Dilma tergiversaram. Somente nos confrontos diretos tentaram nocautear um o outro, sem nenhum sucesso. A impressão que deu é que os nanicos são os puros do jogo (simplesmente porque nenhum dos outros candidatos se preocupou em remexer seus passados) e que os grandes são farinha do mesmo saco. No meio termo ficou um Pastor Everaldo totalmente fora de contexto, sem entender perguntas como a feita por Dilma sobre energia, sendo usado somente como escada para os perguntadores falarem sobre suas ideias para o setor abordado.