Internauta pede desculpas por difamar JMais no Facebook

Everton Vieira insinuou que reportagem teria sido feita a pedido da “prefeitura de Canoinhas”

 

Mediante acordo judicial, o internauta Everton Vieira, de Canoinhas, aceitou reconhecer publicamente que difamou injustamente o Portal JMais em 3 de novembro de 2017, quando o site publicou reportagem que denunciava supostos golpes praticados pela empresa Tischler Saúde em pelo menos quatro fontes ouvidas pela reportagem.

 

 

A matéria mostrava que a empresa de agenciamento de consultas e exames médicos estava sendo acusada de aplicar golpes contra uma família e três médicos da cidade. Francine Portela registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Canoinhas denunciando que pagou R$ 7 mil para que a empresa contratasse uma cirurgia de próstata para seu pai, Basílio Portela Martins. O procedimento aconteceu em 28 de setembro, mas o médico só foi pago semanas depois de a reportagem ter sido publicada. Outras três fontes relataram supostos golpes praticados pela empresa que, assim que a reportagem foi publicada, fechou as portas em Canoinhas.

 

 

 

FACEBOOK

A publicação do link para a reportagem no Facebook rendeu 19.734 acessos, 286 reações, 53 compartilhamentos e 16 comentários, a maioria condenando a atitude da empresa e, até, denunciando novos supostos golpes que teriam sido aplicados pela Tischler Saúde.

 

 

Everton Vieira, no entanto, insinuou que pelo fato de o JMais ter, à época da publicação, um contrato de mídia com o Município de Canoinhas, teria publicado a reportagem a mando do prefeito.

 

 

A insinuação irritou a direção do portal, que processou Everton, alcançando o acordo na segunda audiência no Fórum de Canoinhas ocorrida nesta terça-feira, 28. “As pessoas precisam saber que o Facebook não é uma terra de ninguém, que você pode enxovalhar a reputação dos outros sem nenhuma prova e tudo fica bem. Quero que esse caso sirva de exemplo pra quem age dessa forma”, explica o diretor do JMais, jornalista Edinei Wassoaski. Ele frisa que o jornalismo vive de credibilidade e que a reportagem em questão foi um trabalho de três meses de apuração, com amplo direito ao contraponto dado à Tischler. “Como jornalista passamos meses trabalhando em torno de uma reportagem investigativa porque sabemos da responsabilidade que isso exige. Agora uma pessoa simplesmente digita quatro linhas e abala tua reputação. Não pode ser assim. É para que o trabalho de jornalistas de verdade, responsáveis e éticos que fiz questão de processar o rapaz que publicou a injúria”, afirma Wassoaski, lembrando que nunca quis dinheiro do processado, mas sim, a retratação pela difamação.

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