Panorama agrícola mostra que Canoinhas teve maior valor de produção na região

Destaque também na área plantada de fumo. Canoinhas plantou 6.600 hectares no ano passado. Perde apenas para Itaiópolis, com 7 mil hectares plantados

 

O valor da produção agrícola de Canoinhas em 2017 foi de R$ 280,561 milhões, a maior da região. Mafra teve produção maior, mas faturou menos. A cidade vizinha teve produção avaliada em R$ 243,675 milhões. Os dados são do Panorama Agrícola Municipal (PAM), divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

 

 

Com mais que o dobro da população e extensão territorial que Bela Vista do Toldo, Porto União ficou atrás do mais jovem dos municípios da região em todos os quesitos.

 

 

 

A pesquisa da PAM 2017 traz informações em nível municipal sobre a área plantada, a quantidade produzida e o rendimento médio de 64 produtos agrícolas. Além dos dados para 2017, as edições 2015 e 2016 da PAM foram revisadas.

 

 

CIDADE Área plantada Área colhida Valor da produção
(hectares) (hectares)  (milhões de reais)
      Mafra 38.820 37.120 243.675
      Canoinhas 37.735 37.700 280.561
      Itaiópolis 35.873 34.873 255.761
      Papanduva 25.165 25.162 171.293
      Irineópolis 22.721 22.131 205.614
      Santa Terezinha 17.040 17.040 122.781
      Major Vieira 16.318 16.288 99.791
      Bela Vista do Toldo 11.120 11.120 99.513
      Porto União 9.712 9.612 40.614
      Três Barras 9.448 9.448 41.096
      Monte Castelo 6.485 6.480 38.362
      Timbó Grande 1.199 1.199 4.578
Fonte: PAM 2017

 

 

PRODUÇÃO REGIONAL

Entre as cultivares, destaque para a cebola produzida em Irineópolis. Dos 320 hectares plantados na região, 150 hectares estavam em Irineópolis. Papanduva produziu 60 hectares e Três Barras, 40.

 

 

Canoinhas se destacou na região no plantio de feijão. Foram 9.760 hectares de área plantada. Para se ter uma ideia da liderança canoinhense, Mafra, a segunda colocada em área plantada, cultivou somente 2.200 hectares.

 

 

Destaque também na área plantada de fumo. Canoinhas plantou 6.600 hectares no ano passado. Perde apenas para Itaiópolis, com 7 mil hectares plantados. Irineópolis plantou 5.600 hectares.

 

 

Canoinhas também se destacou no plantio de milho em grão (5.700 hectares). Mafra produziu 5.500 hectares.

 

 

 

 

Mafra superou Canoinhas no plantio de soja. Foram 23.000 hectares de área plantada ante 21.000 hectares de Canoinhas. A oleoginosa foi a cultivar recordista em área plantada no Planalto Norte no ano passado, com 133.630 hectares.

 

 

 

PAÍS

O valor da produção agrícola do país foi de R$ 319,6 bilhões em 2017, e a soja foi responsável por 35,1% desse total. Após sete anos de crescimento, houve queda de 0,6% no valor da produção, em relação a 2016, puxada pelo milho (-12,7%), feijão (-28,8%), batata inglesa (-50,9%) e trigo (-41,9%).

 

 

 

 

 

A área plantada com as culturas investigadas pela PAM 2017 aumentou 2,1% em relação a 2016, e alcançou 79,0 milhões ha. O aumento da área e os ganhos de produtividade proporcionaram recordes no volume da soja e do milho, que cresceram 18,9% e 52,3%, respectivamente.

 

 

 

 

 

A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas cresceu 28,2% em 2017, na comparação com 2016, com um total de 238,3 milhões t. A soja representou 48,1% do total produzido nesse grupo, seguido do milho (41,0%).

 

 

 

 

 

O cultivo de milho esteve presente em 91,7% dos 5.570 municípios do país em 2017, seguido pela mandioca, em 82,5%, e o feijão, em 78,8%.

 

 

 

 

 

Sorriso (MT) teve o maior valor de produção agrícola pelo terceiro ano consecutivo, com R$ 3,3 bilhões, uma alta de 2,4% em comparação a 2016. O município teve 1,0% de participação no total do valor de produção do país.

 

 

 

 

 

O Sudeste concentrou R$ 91,0 bilhões, 28,5% do valor de produção agrícola nacional, com colheita, principalmente, de cana-de-açúcar, café arábica, soja, laranja e milho. São Paulo foi o estado responsável por mais da metade desse valor (R$ 53,1 bilhões), com destaque para o município de Itapeva (SP), com R$ 874,3 milhões distribuídos entre a soja (40,3%), tomate (14,5%), feijão (12,0%), milho (3,4%) e batata-inglesa (6,3%).

 

 

 

 

 

No Nordeste, apenas Bahia (-1,6%) e Paraíba (-16,7%) tiveram queda no valor de produção. A agricultura nordestina atingiu R$ 36,4 bilhões, em grande parte por causa da colheita de soja, cana-de-açúcar, milho, banana e algodão. A soja é destaque nessa grande região, principalmente pelo avanço agrícola nos estados do Maranhão, Piauí e Bahia.

 

 

 

 

 

O valor de produção no Norte foi de R$ 22,6 bilhões em 2017, com destaque, além do açaí (24,5%) e da soja (21,7%), para a mandioca, o milho e a banana. Mais da metade desse total, R$ 12,8 bilhões, vieram do Pará, em particular de Igarapé-Miri (PA), que tinha no açaí 99,5% dos R$ 1,8 bilhão arrecadados pelo município.

 

 

 

 

 

Em 2017, o valor de produção das frutas foi 4,6% superior a 2016, com um total de R$ 38,9 bilhões, ao considerar o açaí nessa soma pela primeira vez. O destaque foi a laranja, com R$ 8,5 bilhões, uma alta de 2,0%. Essa cultura tem 77,8% da sua área colhida concentrada em São Paulo, Bahia e Minas Gerais.

 

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