Ex-policial ambiental e atual consultor na mesma área, Gildo Hoffmann (PSC) acredita ser possível respeitar o meio ambiente sem prejuízo à produção. Na segunda entrevista da série com candidatos a deputado estadual que o JMais publica, o social-cristão fala que sua bandeira na Assembleia, se eleito, será voltada ao meio ambiente e ao incentivo à produção agrícola regional. Acompanhe.
ASSISTA A ENTREVISTA:
O CANDIDATO
Nome: Gildo Hoffmann
Idade: 45
Escolaridade: Mestre em desenvolvimento regional
Profissão: Consultor ambiental
Cargo atual: Proprietário/gerente
Filiação partidária: PSC
Candidaturas anteriores: Não tem
Mandatos: Não tem
Lema de campanha: Por um ambiente sustentável, mas voltado à produção e ao desenvolvimento
Por que o sr é candidato?
Tenho visto muitas dificuldades em toda a região do Planalto Norte, principalmente relacionadas à burocratização ambiental. Pra se ter uma ideia, por exemplo, o nosso colono lá do Rio d’Areia precisa saber se a área que ele vai manejar é passível de corte. Aí ele chama um técnico pra fazer um projeto pra ele. Acontece que o produtor paga o projeto, porque ele precisa plantar. Esse projeto chega por esse profissional para os órgãos que licenciam e lá os projetos ficam por um ano, dois. Por que precisamos de tanta burocracia? Pra mim isso está travando o desenvolvimento. Isso está travando não só a agricultura, mas os grandes empresários também. Desde uma padaria até uma indústria precisam passar pelo órgão fiscalizador. Defendemos desenvolvimento sustentável, voltado à produção.
O que o credencia a pedir votos nesta eleição?
Acredito que o trabalho que a gente faz e a bandeira que estamos levantando. Já trabalhei na fiscalização por oito anos, fui policial militar por 17 anos, oito dos quais no pelotão ambiental, então conheço o que estou falando. Há seis anos trabalho em consultoria ambiental. Então conheço os processos de vistoria ambiental. Sou especializado em licenciamento ambiental.
O que é prioridade na região hoje?
Tivemos recentemente um workshop sobre a erva-mate, frisando a qualidade da erva produzida na região. Ela serve como exemplo de produto que traz renda ao produtor. Automaticamente essa renda vem pra cidade. Hoje temos três polos (Canoinhas, Mafra e Porto União), as demais cidades são praticamente agrícolas. Canoinhas é o diferencial que sobrevive por causa da agricultura. Então temos de dar uma atenção toda especial para os nossos produtores. Por que o agricultor sendo produtivo, a cidade será produtiva. Creio que a prioridade é alavancar a economia por meio das nossas riquezas locais, como a erva-mate. Nossa região é muito rica. Dou o exemplo da erva-mate, mas temos vários outros setores.
Sua bandeira na Assembleia deve ser o meio ambiente sustentável aliado ao inventivo à produção agrícola?
Sim, com projetos específicos que fortalecerão nossas riquezas locais, que redundarão no crescimento da região, das próprias empresas, aquecendo a economia regional.
Que tipo de política o seu partido defende?
O PSC defende a família. Também o meio ambiente sustentável, porém, que ele seja produtivo e que desenvolva a região. Por quê? Porque é uma questão constitucional. A Constituição, no seu artigo 225, é bem clara. Nós temos de ter um meio ambiente equilibrado e sustentável. O que é sustentável? Sustentável é você não deixar sua propriedade virar um mato. Ter a tua propriedade preservada, mas que você possa tirar dali o teu sustento. Hoje temos meio deturpada essa questão da sustentabilidade. Defender o meio ambiente não é não deixar fazer nada. Defendo que o meio ambiente tem de ser sustentável sim, mas voltado à produção e ao desenvolvimento.
PRÓXIMAS ENTREVISTAS:
19/9: Beto Passos (PT)
26/9: Antonio Aguiar (PMDB)