60% das rodovias estaduais de SC estão em situação ruim ou péssima, diz CNT

SC-477, que liga Canoinhas à BR-116, está entre os trechos considerados péssimos pelo estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte

 

Santa Catarina é um dos estados brasileiros que tem pior gestão sobre suas rodovias. Sessenta por cento dos trechos de rodovias estaduais estão ruins ou péssimos. É o que apontam os dados da 22ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), nesta quarta-feira, 17.

 

 

Entre os trechos péssimos está a SC-477, que liga Canoinhas à BR-116. Nesta quarta-feira, 17, o JMais publicou reportagem que mostra a indignação de usuários da rodovia, ainda mais precário depois das chuvas dos últimos dias.

 

 

Entre os trechos de responsabilidade da União, 76,9% estão em bom estado ou situação regular.

 

 

 

BRASIL

Mais da metade das estradas do País está em condição considerada regular, ruim ou péssima, segundo o levantamento da CNT.

 

 

Apesar do cenário insatisfatório, os dados mostram uma melhora em relação ao ano passado. De acordo com o levantamento, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, esse porcentual foi de 61,8%. A CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.

 

 

De acordo com a CNT, a pequena melhora nos dados está atrelada ao critério de sinalização, que inclui placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas. Neste ano, o porcentual da extensão das rodovias com sinalização ótima ou boa foi de 55,3%. No ano passado, esse número foi de 40,8%. Segundo a instituição essa melhora de 14,5 pontos porcentuais pode ser explicada pelos avanços nos programas dedicados à adequação da sinalização, sobretudo em rodovias federais.

 

 

As condições da geometria da via são problemáticas: 75,7% da extensão avaliada foi classificada como regular, ruim ou péssima O pavimento é deficiente em 50,9% da extensão total avaliada.

 

 

Na edição deste ano, o levantamento aponta aumento de “pontos críticos”, que passaram de 363 para 454 casos. Trata-se de trechos que apresentam situações graves e que podem trazer riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais de operação, devido à possibilidade de dano severo aos veículos, aumento do tempo de viagem ou de despesa com combustível.

 

 

Segundo os dados, as rodovias concedidas à iniciativa privada tiveram melhoria de 7,5 pontos porcentuais entre 2017 e 2018. No total, 81,9% do estado geral dessas vias foi classificado como ótimo ou bom. No ano passado, esse índice foi de 74,4%.

 

 

“Não temos dúvidas de que o poder público precisa reconhecer a importância da iniciativa privada e chamar os investidores para serem protagonistas dessa empreitada”, declarou o presidente da CNT, Clésio Andrade, por meio de nota.

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