Quem soube lidar melhor com as Facebook e WhatsApp, principalmente, se deu bem
A ELEIÇÃO E AS REDES
Seria injusto atribuiu às redes sociais o fato de Jair Bolsonaro e Comandante Moisés (ambos PSL) estarem liderando as pesquisas nesta reta final do segundo turno. Porém, mais que a mídia tradicional, a pluralidade das redes sociais conseguiu catalisar como nenhum outro meio de comunicação a insatisfação do eleitorado com o político tradicional. Quem soube perceber isso antes – caso de Bolsonaro – se deu melhor.
Na disputa pela presidência, Geraldo Alckmin (PSDB) tinha oito minutos de horário eleitoral, Bolsonaro, seis segundos. Alckmin teve desempenho medíocre, Bolsonaro lidera pesquisas para o segundo turno. Esse fato, por si só, sepulta qualquer defesa do protagonismo da TV, que chegou a ser acusada por meio da célebre edição do debate da TV Globo, de 1989, de ter eleito Fernando Collor de Melo.
As redes sociais assumiram, como nunca antes, papel decisivo nestas eleições. A população nunca demonstrou tanto interesse pela disputa eleitoral. De posts raivosos saiu um eleitor indignado “com tudo que está aí”, disposto a desfazer amizades em nome de seu candidato. As discussões são infinitas e ninguém parece disposto a ceder. Discussões saíram do campo das ideias e partiram para o ataque pessoal. A baixaria predominou e perdemos uma boa chance de usar a internet como ferramenta para aprimorarmos nossa frágil democracia.
“A internet é um ecossistema de baixa empatia. Cada indivíduo tem pouco a perder sendo radical na internet. O custo de agredir é baixo, e o benefício é relativamente alto. Você quer audiência, então tende a ter posições mais estridentes”, descreve o cientista político Fernando Schüler.
Mas algo de positivo pode sair dessa constatação. A rede está aí, é gratuita e acessível a boa parcela da população. Se seus usuários entenderem que aprimorar a democracia não é usar as redes para impor sua opinião, mas também para ouvir, respeitar e ponderar sobre o contraditório, teremos uma grande aliada para escolher nossos candidatos nas próximas eleições.
VOLTA PARA O ERÁRIO
O Município de Canoinhas retomou mais um terreno, cedido em 2015, no qual nada prosperou desde então. A empresa beneficiária da área de 1.458,71 metros quadrados no Campo d’ Água Verde, não protestou.
Na semana passada, prefeito de Três Barras, Luis Shimoguiri (PSD), reverteu a cessão de uso de uma área de 15.873,72 metros quadrados na localidade de Barra Grande cedidos em 1999 a uma empresa que nada fez no terreno.
MAIS UMA
Em debate na Rádio Som Maior, em Criciúma, nesta terça-feira, 23, o candidato a governador Gelson Merisio (PSD) anunciou quem será a secretária de Educação caso seja o escolhido dos eleitores catarinenses neste segundo turno. Será Lucia Dellagnelo.
Lucia é mestre e doutora em Educação pela Universidade de Harvard. Atualmente, é diretora-presidente do Centro de Inovação para Educação Brasileira, o CIEB. Também é fundadora do ICom – Instituto Comunitário da Grande Florianópolis e cofundadora do Social Good Brasil.
Anteriormente, Merisio já havia anunciado seu virtual secretário de Segurança Pública.
AUXÍLIO
Prefeito de Três Barras, Luis Shimoguiri (PSD) sancionou lei que permite o Município a auxiliar pessoas moradoras da cidade na aquisição de óculos e próteses.
“Vão parar as intermediações. O recurso deve sair direto de Brasília para o tesouro municipal. Os prefeitos é que vão fazer suas licitações, cuidar da sua relação, e a sociedade local que vai controlar”
do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador de campanha do presidenciável e anunciado para a chefia da Casa Civil em um eventual governo Bolsonaro
AUDIÊNCIA ADIADA
A Prefeitura de Major Vieira adiou a audiência pública para elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2019 e apresentação das metas fiscais do 2º quadrimestre 2018 para a próxima terça-feira, 30.
O evento seria nesta terça-feira, 23, mas teve que ser adiado por motivo de força maior.
TRANSIÇÃO
Antes mesmo do segundo turno, auxiliares do presidente Michel Temer e da campanha de Jair Bolsonaro iniciaram troca de informações sobre a sucessão. Temer definiu que o ministro Eliseu Padilha vai comandar a transição.
RAPOSA NO GALINHEIRO
A ‘bancada da bala’ quer comandar a Comissão dos Direitos Humanos na Câmara dos Deputados. A ideia é trabalhar de forma articulada com a frente evangélica o endurecimento penal no país.
NOVO IBOPE
Levantamento do Ibope sobre o segundo turno das eleições presidenciais mostra Jair Bolsonaro (PSL) novamente à frente de Fernando Haddad (PT). O deputado conta com 57% dos votos válidos, enquanto o petista tem o apoio de 43% dos consultados na pesquisa divulgada nesta terça-feira, 23.
A contagem, que exclui os brancos, nulos e indecisos como a Justiça Eleitoral faz no dia da eleição, mostra manutenção da vantagem do presidenciável do PSL sobre o petista.
Pesquisa anterior do Ibope, divulgada em 15 de outubro, mostrou Bolsonaro com 59% dos votos válidos e Haddad, com 41%. No primeiro turno, Bolsonaro teve 46% dos votos válidos e Haddad, 29%.
Levando em conta o eleitorado total, Bolsonaro aparece à frente por 50% a 37%. Há ainda 10% que hoje pretendem anular ou votar em branco, e 3% que não souberam responder.