Passada a euforia, é hora de pacificar o Brasil

Tanto Jair Bolsonaro quanto os novos governadores têm de ter em mente que o grande desafio que vem pela frente exige união

 

 

HORA DE PACIFICAR

O PSL, um partido considerado nanico até então, conseguiu a façanha de neste domingo eleger seu primeiro presidente da República e três governadores, entre eles o próximo catarinense. Jair Bolsonaro (PSL), Comandante Moisés (PSL) e todos os outros 26 governadores têm agora pela frente uma das mais complexas gestões desde a redemocratização. Déficit fiscal, milhões de desempregados e as tão polêmicas Reformas Política e da Previdência, só pra começar.

 

 

O momento, no entanto, exige outra função que só cabe aos nossos futuros governantes, agora, enfim, conhecidos. O País mostrou claramente nas urnas que está dividido. Isso exige de Bolsonaro um discurso unificado, pensando em todos os brasileiros e não apenas em quem o apoiou. Embora tenha condenado a oposição  – que aliás deu um exemplo de intolerância ao não cumprimentar o presidente eleito -, Bolsonaro deu sinais claros de que vai respeitar a Constituição e que vai fazer um governo democrático voltado para todos. Efetivamente, esse trabalho começou no momento em que sua vitória foi confirmada.

 

 

Em Santa Catarina a população demonstrou estar bem menos dividida. Com 71% dos votos, Comandante Moisés é o governador eleito mais votado da história em segundo turno. Um fenômeno, o que não significa que Moisés deva governar somente para seus eleitores. Nem parece que ele esteja propenso a isso. Com discurso ponderado, o governador eleito demonstra vontade de fazer diferente. Para um Estado que foi governado 16 anos pelo mesmo grupo político não é pouco. Significa romper com um sistema que, por exemplo, discrimina o Planalto Norte em razão do litoral, uma política nefasta que resulta em menos empregos e investimentos na nossa região. Se entre as prerrogativas da mudança anunciada por Moisés estiver essa descentralização de recursos de fato e não para acomodar apadrinhados como no caso das SDRs, teremos um grande avanço.

 

 

E AS FAKE NEWS?

Tanto se falou delas, mas a votação equilibrada mostrou que nenhum dos lados teve grande benefício por causa das notícias falsas. Nem o Brasil virou praça de guerra nem Bolsonaro anunciou um regime militar no seu discurso. Bem pelo contrário. Com atos isolados, o que se viu foi uma grande torcida comemorando a vitória de Bolsonaro de modo pacífico e um presidente eleito demonstrando respeito à Constituição.

 

 

A VOLTA DA PAZ

Agora é hora de juntar os cacos e tentar refazer as amizades perdidas por causa de discussão política.

 

 

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