Desde terça-feira, 16, iniciou a aplicação da segunda dose da vacina HPV para meninas de 11 a 13 anos, essa imunização protege contra quatro variáveis do vírus do Papiloma Humano. Em março deste ano foi realizada a primeira dose da vacinação para a mesma faixa etária, sendo que em Canoinhas foram atingidos 98% da meta. Essa vacinação ainda conta com uma terceira dose que deverá ser aplicada cinco anos após a primeira, ou seja, em 2019.
O principal objetivo da vacinação é a prevenção do câncer de colo do útero, a infecção pelo HPV é muito frequente embora seja transitória, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
A enfermeira responsável pelo setor de Epidemiologia do município, Iolanda Ruthes Silveira, lembrou que a estratégia para essa segunda dose da vacina deve seguir os mesmos da primeira realizada em março. “A estratégia de imunização será a mesma utilizada em março, onde tínhamos equipes de vacinadores da Secretaria Municipal de Saúde que seguiram um agendamento nas escolas públicas e privada, com um público-alvo estimado em 1.400 adolescentes canoinhenses”, disse.
O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos, e do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, no Brasil, 685 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus, a cada ano. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas indicam que no mundo 270 mil mulheres morrem devido à doença. No Brasil, 5.160 mulheres morreram, somente em 2011, em decorrência deste tipo de câncer.
E para esses casos a prevenção é a melhor maneira. A enfermeira Iolanda Ruthes Silveira, explica que a vacinação é um complemente de outras formas de prevenção. “A incorporação da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer de colo do útero, como a realização rotineira do exame preventivo (Papanicolau) e o uso de camisinha em todas as relações sexuais”, disse.