Escola de Felipe Schmidt arrecada mais de 193 mil lacres de latinhas para comprar cadeira de rodas

Escola Básica Benedito Therezio de Carvalho conseguiu juntar 88 litros de PET cheia de lacres

 

 

Exemplo de solidariedade, os alunos e professores da Escola Básica  Municipal Benedito Therezio de Carvalho, do distrito canoinhense de Felipe Schmidt, juntaram 88 litros de garrafas PET com mais de 193 mil lacres de latinhas. Eles atenderam ao chamado dos pais da pequena Vitória Regina Marko, de 9 anos. Vitória tem microcefalia, paralisia e é tetraplégica. Ela só se comunica pelos olhos e boca e usa a mesma cadeira de rodas adaptada há quatro anos. Como ela cresceu, a cadeira ficou pequena e, agora, seus pais, Suzana e Ari Marko, buscam recursos para comprar uma nova cadeira.

 

Como a cadeira custa R$ 8,8 mil, eles lançaram na internet uma Vaquinha online, no qual doadores emitem um boleto com o valor da doação. Assim que o boleto é pago, o dinheiro vai para a conta dos pais de Vitória. Essa modalidade já juntou R$ 5 mil, mas Suzana ressalva que enquanto os doadores não pagarem os boletos, o dinheiro não vem.

 

Um doador de Curitiba disponibilizou R$ 4,4 mil, o que, junto com a vaquinha, já daria para comprar a cadeira.

 

 

E os lacres? A exemplo dos professores e alunos da escola de Felipe Schmidt, outros canoinhenses se mobilizaram e, somados aos 88 litros de PET doados pela escola, mais de 250 litros foram entregues à família. Apesar do notável exemplo de solidariedade, um litro de PET cheio de lacres rende somente R$ 2. “Mas vamos manter a arrecadação dos PETs. Quero tornar minha casa um ponto de coleta, vou colocar até um cartaz aqui em frente”, diz Suzana empolgada. Se conseguir receber todas as doações da vaquinha e comprar a cadeira adaptada, ela quer usar as garrafas com lacres doadas para melhorar a vida de pessoas que, como Vitória, lutam pela vida em cadeiras de rodas. “Muita gente não sabe para onde levar essas garrafas com lacres, então me proponho a ter um ponto de coleta aqui”, afirma Suzana.

 

 

AGRAVAMENTO

A boa notícia da arrecadação vem em um momento difícil para a família. Escoliose comprimiu um dos pulmões da menina e o outro já está comprometido. A cadeira, no entanto, ajuda a não aumentar esse problema que só seria resolvido integralmente com uma cirurgia que duraria 15 horas, “e ela não resistiria”, lamenta a mãe.

 

 

 

 

 

 

 

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