Hospitais farão protesto contra o SUS nesta quinta-feira

Foto: Hospital Santa Cruz também participa do protesto/Arquivo

Através de uma mobilização nacional que será realizada no decorrer desta quinta-feira, 25, funcionários e representantes de hospitais filantrópicos de todo o país, incluindo o Santa Cruz de Canoinhas, protestarão contra a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a categoria reivindicará a aprovação da emenda que prevê a implantação das medidas propostas pelo Movimento Nacional – Saúde Mais Dez.

Neste dia todas as cirurgias eletivas, que não se caracterizam como urgentes, não serão realizadas. A mobilização vai iniciar a partir das 7 horas e deve perdurar o dia todo. Os participantes do protesto vestirão camisetas pretas e cartazes serão exibidos na frente das instituições. Em Canoinhas, haverá panfletagem e protesto no calçadão da Francisco de Paula Pereira.

A tabela SUS em vigência está há mais de 20 anos sem ser atualizada e os incentivos de ordem Federal que eram repassados paras as instituições de modo a compensar a defasagem estão congelados há três anos. “É um grito de protesto pelo que o SUS nos paga. Os hospitais não tem dinheiro para mais nada, se a situação perdurar não vai restar alternativa e vamos para as atividades. Os valores estão aquém das nossas necessidades”, explica o secretário da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina, Altamiro Bittencourt.

Atualmente, a cada R$ 100 gastos em atendimento as instituições recebem R$ 65 de retorno, uma defasagem que resulta em um déficit nacional de R$ 15 bilhões, uma média de R$ 5 bilhões por ano para cada hospital.

O Saúde Mais Dez prevê uma maior participação do Governo Federal nos repasses feitos aos hospitais do país. O Estado ficaria responsável pelo repasse de 12%, o município de 15% e o Governo Federal de 10% sobre a receita bruta do Brasil, o que resultaria em cerca de R$ 45 bilhões de investimentos na saúde por ano.

A emenda para aprovação do Saúde Mais Dez, esta aguardando a aprovação do Congresso Nacional desde o primeiro trimestre de 2014. Um abaixo-assinado em defesa da aprovação, organizado por hospitais do país reúne 1,5 milhões de assinaturas em favor da aprovação do documento.

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