Pacientes faltam em uma a cada cinco consultas marcadas em Santa Catarina

Além de impactos financeiros, o índice de absenteísmo, que fica em torno de 22%, implica em mais tempo de espera na fila para os usuários do SUS

 

 

Nesta semana, surpreendeu a notícia de que 49 dos 134 pacientes agendados para consultas oftalmológicas pagas pelo Município de Três Barras não compareceram ao mutirão de consultas e exames agendados pela Secretaria Municipal de Saúde. Ou seja, o número de faltosos foi superior a 36%. Essa realidade, no entanto, não é exclusiva de Três Barras.

 

 

Reportagem do jornal Diário Catarinense, publicada nesta sexta-feira, 7, mostra que de cinco consultas e exames agendados na rede pública em Santa Catarina, um procedimento não é realizado porque o paciente falta. Esse é o resultado, em média, das sete cidades que são polos regionais e nos hospitais sob responsabilidade do Estado. Além de impactos financeiros, com profissionais e equipamentos ociosos, o índice de absenteísmo (ausência não justificada aos compromissos), que fica em torno de 22%, implica em mais tempo de espera na fila para os usuários do SUS.

 

 

Nos 120 hospitais, ligados às centrais de regulação do Estado, mais de 52,7 mil pacientes deixaram de comparecer em consultas, cirurgias e exames entre janeiro e outubro deste ano. A falta de quase um terço dos pacientes (32,8%) prejudica o andamento da fila, uma vez que o horário não pode ser preenchido por pessoas que não estão cadastradas no Sistema de Regulação (Sisreg).

 

 

A gerente de Regulação da Secretaria de Saúde da Capital, Talita Rosinski, disse ao Diário Catarinense que a dificuldade começa na hora de avisar o usuário que a consulta foi agendada, já que muitas vezes o telefone está desatualizado. Então, o protocolo é fazer três tentativas em horários diferentes e, em alguns casos, o agente comunitário de saúde vai na casa do paciente para avisar da marcação. “Dos que a gente consegue avisar, quase 60% não retiram a autorização do atendimento nas unidades de saúde. A gente tem perda do atendimento e é o acesso de todos que fica prejudicado.”

 

 

 

 

 

 

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