A diminuição nos roubos chega a 33%. Os latrocínios — roubos seguidos de morte — também tiveram redução de 32%
A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP) divulgou que a menos de 20 dias para o fim de 2018, houve queda de pelo menos 20% no número de homicídios no Estado. Segundo as polícias civil e militar, a retomada das operações e o policiamento mais presente em áreas críticas geraram a redução.
Ocorrida no início do ano, logo após a posse de Eduardo Pinho Moreira como governador de Santa Catarina, a mudança na cúpula da SSP marcou também o começo de uma inversão na curva dos índices de criminalidade. Enquanto os anos anteriores haviam sido de alta no número de homicídios e roubos, 2018 apresenta reduções significativas nesses mesmos dois indicadores. A diminuição nos roubos chega a 33%. Os latrocínios — roubos seguidos de morte — também tiveram redução de 32%.
O secretário Alceu de Oliveira Pinto Júnior, no cargo desde fevereiro, é o responsável pelas táticas que levaram à melhora dos índices. Ele conta que, ao assumir, foi feito um planejamento com base no cenário da época e no panorama com o qual gostariam de trabalhar no fim do ano. Com esta base, foram montadas estratégias de curto, médio e longo prazo, usando três premissas fundamentais: inovação, inteligência e tecnologia.
“Em decorrência das ações que foram planejadas e com um trabalho muito grande de inteligência, nós conseguimos fazer a integração das operações. Não existe mais a operação pela operação. Cada uma faz parte de um conjunto que busca determinados resultados. É isso que nós temos alcançado com esses índices de sucesso”, diz o secretário.
O maior estímulo à inteligência, diz o secretário, também possibilitou às forças de segurança realizar operações mais certeiras, com alvos específicos e prisões mais qualificadas, como a de grandes fornecedores de drogas e armas de organizações criminosas que atuam no Estado. “A apreensão de armas pesadas cresceu e muito em função da estratégia utilizada. Não se despreza o pequeno delinquente, mas vai se buscar o fornecedor do fornecedor de um local que vende droga. É um elemento mais bem armado e protegido. O resultado é uma prisão muito mais qualificada, por isso a apreensão maior de fuzis e armas de grosso calibre”.
Outra figura essencial para a redução dos homicídios e roubos foi o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Araújo Gomes. Na avaliação do militar, o investimento para aumentar a capacidade operacional da corporação foi primordial para o alcance de melhores resultados. Além disso, as forças de segurança passaram a focar essencialmente em três indicadores – mortes violentas, roubos e furtos -, o que permitiu que a atuação se tornasse mais efetiva.
“Nós subimos o olhar da gestão e passamos a tratar a Polícia Militar como uma força estadualizada, fazendo grandes movimentações de tropa para a realização de operações onde elas eram mais necessárias, segundo os indicadores”, opina o coronel.