POLÍCIA EM ALERTA: Número de atentados em SC passa de 50

Foto: Blumenau registrou primeiro ataque na madrugada desta quinta/Jaime Batista da Silva/Divulgação

É cada vez mais preocupante a questão da segurança pública em Santa Catarina.

Desde o fim de semana passado, já chegam a 52 o números de atentados no Estado. No total, 21 suspeitos foram presos e oito adolescentes apreendidos. Os dados são da Polícia Militar.

Incêndios a veículos e tiros em carros e casas de agentes da segurança pública novamente foram registrados na noite de quarta-feira, dia 1º, e madrugada desta quinta-feira, 2.

A PM registra ocorrências como incêndios a ônibus, tiros contra bases da segurança pública, casas de policiais e viaturas desde o dia 26 de setembro. Conforme o relatório, 21 cidades tiveram registros de atentados.

Canoinhas está na lista de cidades com tentativa de atentado. Na madrugada de quarta-feira, dia 1º, um homem de 34 anos foi preso com oito buchas de cocaína dentro de um Golf rondando postos de gasolina. A Polícia diz ter provas de que este rapaz é integrante do Primeiro Grupo da Capital (PGC), facção criminosa acusada de ser a mandante desa quarta onda de atentados no Estado.

O suspeito está preso na Unidade Prisional Avançada de Canoinhas acusado de tráfico de drogas, embriaguez ao volante e tentativa de homicídio, já que ele teria avançado com o carro contra policiais.

O PGC, aliás, foi fundado por um canoinhense conhecido como Setenta. Atualmente, ele cumpre pena em um presídio federal no Mato Grosso.

No começo da semana, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estiveram em Canoinhas a fim de reprimir uma possível ação de bandidos, a princípio sem ligação com a onda de ataques.

AÇÕES RECENTES
Por volta de 2h, a guarita do Centro Administrativo do governo estadual foi atingida por cinco tiros. Um policial militar que estava no local escapou ileso do atentado, os dois autores dos disparos conseguiram escapar em uma moto. Três suspeitos de envolvimento no atentado foram detidos às 11h30.

Em Florianópolis, um agente prisional disse ter sido alvo de dois tiros disparados por quatro homens que o atraíram para a rua jogando uma pedra na janela de sua casa. Ninguém ficou ferido ou foi preso. Meia hora depois, em Itajaí, a cerca de 100 quilômetros de distância, dois homens em uma moto efetuaram dois disparos contra a casa de outro policial militar. No final da noite desta quarta, dia 1º, a casa de duas policiais militares foi atacada, em Palhoça, na Grande Florianópolis.

Ainda esta madrugada, cinco carros particulares foram incendiados em São Francisco do Sul, Camboriú e na capital. Dois deles pertenciam a policiais militares. Criminosos também atearam fogo em um ônibus que estava estacionado na rodoviária de Campos Novos, a 348 quilômetros de Florianópolis.

O medo de novos ataques a ônibus motivou motoristas e cobradores a recolherem os veículos que atendem a parte da Grande Florianópolis entre às 19h de ontem e as 6h de hoje. Uma nova reunião entre representantes do sindicato dos rodoviários, da cúpula da segurança pública estadual e do governo catarinense está prevista para esta tarde. Os participantes decidirão sobre a prestação do serviço de transporte público nos próximos dias.

MOTIVAÇÕES
Segundo a PM, a principal intenção dos envolvidos nos ataques ocorridos desde sexta-feira, 26, é sufocar as ações da polícia em relação ao combate às drogas e crime, além de uma represália ao número crescente de suspeitos mortos em conflito com a polícia. O diretor da Diretoria Estadual Investigações Criminais (Deic), delegado Akira Sato, sustenta a mesma versão.

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