Saldo de empregos em 2018 mostra leve recuperação de Canoinhas e região

Das 11 cidades que compõem a região, Itaiópolis, Mafra, Papanduva e Timbó Grande tiveram saldo negativo de empregos

 

 

O mercado de trabalho em Canoinhas e região no ano passado teve leve reação. Em Canoinhas, por exemplo, o saldo positivo de 175 empregos mostra que a cidade está se recuperando depois de dois anos com saldo negativo (2015 e 2016). Em 2017, o saldo já havia sido positivo. Para 2019, há grande expectativa na reativação do parque fabril da antiga empresa Fuck, que passa a ser controlado pela Brasnile. A empresa já está fazendo as primeiras contratações.

 

Três Barras teve o saldo positivo mais alto no ano passado, com 258 empregos.

 

Das onze cidades que compõem a região, Mafra foi a que teve pior desempenho, com perda de 154 postos de trabalho. Papanduva perdeu 124, Itaiópolis, 18, e Timbó Grande, 10.

 

Os dados foram publicados nesta quarta-feira, 23, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

 

 

Para o prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), a recuperação é um bom sinal, que mostra um período de recuperação. “A Brasnile vai ser um ponto muito importante, temos outras notícias de que empresas de pequeno porte, oferecendo de 10 a 50 empregos, também vão estar abrindo suas portas nos primeiros meses do ano, aquecendo o mercado de trabalho”, comemorou. Segundo Passos, o Município tem trabalhado para oferecer mecanismos como a lei aprovada recentemente na Câmara que concede incentivos fiscais, a fim de fomentar o empreendedorismo. “Vamos continuar a trabalhar para criar uma atmosfera positiva visando atrair empreendimentos”, afirmou.

 

 

Para o secretário da Associação dos Municípios do Planalto Norte (Amplanorte), Hélio Daniel Costa, os números positivos mostram que o setor madeireiro pode ter contribuído de maneira expressiva considerando a alta do dólar, o que incentivou as exportações, especialmente em Três Barras, onde está a Compensados Fuck, e em Papanduva, onde existem duas madeireiras de grande porte. Ainda falando de Três Barras, Costa lembra que o setor papeleiro, que tem duas grandes indústrias na cidade (Mili e WestRock), só cresceu.

 

O decréscimo em Mafra, para Hélio, se justifica pela multinacional Kromberg & Schubert, que tem uma unidade na cidade desde 2017. “A empresa chegou a ter 1.600 funcionários e hoje está com cerca de 1.000, isso porque a Volkswagen diminuiu a demanda”, opina. A empresa produz chicotes automotivos para a montadora.

 

 

COMÉRCIO É QUE MAIS EMPREGA 

A maioria dos empregos criados em Canoinhas foram no comércio (117), seguido do setor de serviços (97). Em Mafra o mesmo quadro se repete, com 292 empregos criados no comércio enquanto que a indústria eliminou 347 postos de trabalho.

 

 

 

RADIOGRAFIA DE 2018 NA REGIÃO

Município Mineral Indústria Utilidade pública  Construção Civil  Comércio  Serviços Adm. Pública Agropec Total
Bela Vista do Toldo 0 13 0 0 11 7 0 3 34
Canoinhas -2 25 -3 -62 117 97 -4 7 175
Irineópolis -1 9 4 0 -8 11 0 3 18
Itaiópolis 0 -5 4 -11 -17 24 0 -13 -18
Mafra -1 -347 10 11 292 -71 0 -48 -154
Monte Castelo 0 28 -2 23 -29 26 3 1 50
Major Vieira 0 33 0 -3 5 0 0 13 48
Papanduva -1 40 0 -2 12 35 4 -212 -124
Porto União -5 43 0 -27 33 53 0 -17 80
Timbó Grande 0 -23 0 8 -8 5 0 8 -10
Três Barras 24 162 0 50 2 33 -6 -7 258

 

 

ESTADO

Santa Catarina terminou 2018 com o saldo positivo de 41.718 empregos, apontam os dados Cage. Ao longo de todo o ano passado foram concretizadas 981,3 mil contratações contra 939,6 mil demissões.

 

O resultado é 41,7% maior que o total registrado em 2017 (29,4 mil) e também é o melhor saldo desde 2014, quando SC tinha criado 53,5 mil postos de trabalho (conforme o saldo ajustado). Apesar disso, o saldo de 2018 ainda não superou os anos pré-crise. No saldo anual SC é o Estado com o terceiro melhor desempenho em todo país, atrás apenas de Minas Gerais (81.919) e São Paulo (146.596).

 

No consolidado do ano, o setor de serviços (26,2 mil) e do comércio (10,2 mil) foram os que tiveram o melhor desempenho do período. Outras quatro áreas também fecharam os últimos 12 meses com saldos positivos: indústria da transformação (4.911), serviços industriais de utilidade pública (1.091), construção civil (658) e extrativa mineral (71).

 

 

PAÍS

O Brasil fechou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil novos empregos formais, segundo o Caged. Foi o melhor resultado desde 2013 e o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais.

 

 

Em dezembro, em decorrência da sazonalidade negativa do mês em alguns setores de atividade, o mercado formal teve retração.  A queda do saldo no mês (-334,4 mil postos) foi resultado de 961,1 mil de admissões e 1,2 milhão de desligamentos. O Comércio se destacou positivamente, com abertura de 19,6 mil novos postos. O resultado foi impulsionado pelo subsetor do Comércio Varejista (21,9 mil postos formais). Apesar de ser, historicamente, um período de retração, o último mês de 2018 pode ser considerado o segundo melhor para o mercado formal desde dezembro de 2007, quando foram fechadas 319,4 mil vagas.

 

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