Mãe de Gean Wolski protesta contra investigação do assassinato do filho, morto a tiros em julho de 2016
O delegado regional da 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Mafra, Rafaello Ross, anunciou na sexta-feira, 25, que a Corregedoria da Polícia Civil vai abrir um processo administrativo interno para apurar a condução das investigações, atualmente sob comando do delegado Nelson Vidal, titular da Delegacia de Polícia Civil da Comarca de Mafra e responsável pela investigação no caso da morte do jovem Gean Wolski. “A investigação servirá para verificar o porquê da demora em solucionar o caso. A autoria é conhecida, as provas foram colhidas e agora precisamos explicar à família e a sociedade o porquê de os responsáveis por um crime como este ainda estarem impunes”, explica Ross.
Desejando justiça e a prisão dos suspeitos pelo assassinato de seu filho, a dona de casa Rose Bueno de Lima desencadeou a reação do delegado. Ela organizou um protesto em frente à 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Mafra.
Ela e o atual esposo estenderam faixa, acenderam velas e pediram para falar com o delegado. A mãe cobrou celeridade nas investigações e a prisão dos suspeitos.
“O crime aconteceu em julho de 2016, mesmo sabendo quem são os autores pelos disparos que vitimaram meu filho, até hoje os culpados não foram punidos”, lamenta a mãe.
Segundo Rose, na época do crime, Gean Wolski, que tinha 20 anos, morreu depois de defender o pai em uma briga de bar.
“Meu ex-marido estava embriagado e brigando em um bar, Gean ficou sabendo e foi buscá-lo. Minutos depois, quando eles já estavam em casa (no bairro Amola Flecha em Mafra), os assassinos foram até nossa casa e atiraram. Meu filho foi atingido e não resistiu aos ferimentos da arma de fogo”, diz.
Ainda segundo Rose, a violência dentro do casamento resultou em separação do casal. “Fui morar em outra cidade e não consegui acompanhar as investigações de perto. Infelizmente a polícia errou desde o começo, sequer investigaram a cena do crime. Hoje aproveitei a vinda à Mafra para fazer esse protesto. Sei que nada trará meu filho de volta, mesmo assim vamos lutar até o fim. Só queremos justiça!”, diz.
VIDAL
O delegado Nelson Vidal, responsável pelo caso, está de férias. Por telefone, ao Riomafra Mix, reconheceu que houve falhas nas investigações e demora na solução do crime. “Assumi o caso em 2017, de pronto solicitamos a prisão preventiva dos suspeitos, mas foi negada pela Promotoria de Justiça. Estamos investigando e vamos concluir o mais breve possível”, pontua.