Intervenção na Vale é descartada, Aumenta o número de mortos em Brumadinho e Nova crise no governo Venezuelano em destaque

30 de Janeiro de 2018

 

Diário Catarinense

 

Deputados terão que decidir sobre R$ 200 milhões vetados do orçamento de SC

 

Número de mortos em Brumadinho sobe para 84

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O Globo

 

Manchete : Vale promete eliminar barragens mais perigosas

Produção de minério cairá 10%. Mineradora e Samarco têm R$ 389 milhões em multas do Ibama, mas nada pagaram

A Vale anunciou que vai eliminar todas as barragens, em Minas Gerais, construídas com alteamento a montante, como as de Mariana e de Brumadinho, que têm maior risco de colapso. Para isso, a empresa terá que paralisar atividades nas áreas dessas estruturas por até 3 anos, e a produção de minério de ferro deve cair 10%. O investimento para esvaziar as barragens será de R$ 5 bilhões . “A decisão da companhia foi que não podemos mais conviver com esse tipo de barragem”, disse o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, que descartou demissões. O número de mortos em Brumadinho chegou a 84, com 276 desaparecidos. Vale e Samarco receberam, desde 2015, R$ 389 milhões em multas do Ibama, mas nada pagaram. (PÁGINAS 4, 6 e 8)

 

Governo se articula para eventual troca na empresa

O governo começou a conversar com acionistas sobre uma eventual troca no comando da Vale, caso as investigações concluam que a empresa seja culpada pela tragédia. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, negou a possibilidade de haver uma intervenção na Vale, porque seria uma sinalização ruim para o mercado. (PÁGINA 19)

 

MP sobre educação em casa foi feita por associação

O texto da Medida Provisória sobre a permissão para pais educarem filhos em casa, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi elaborado pela Associação Nacional de Educação Domiciliar, da qual secretário-adjunto da pasta, Alexandre Moreira, é diretor. (PÁGINA 25)

 

Venezuela impede Guaidó de deixar o país

O regime chavista chefiado por Nicolás Maduro iniciou uma contraofensiva, bloqueando os bens e proibindo a saída do país do líder opositor Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino, com o reconhecimento de mais de 20 países. (PÁGINA 23)

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O Estado de S. Paulo

 

Manchete : Vale vai fechar barragens; engenheiros são presos

Estruturas feitas por método considerado obsoleto serão ‘devolvidas à natureza’; já são 84 mortos em MG

Três engenheiros da Vale e dois da empresa alemã TÜV SUD, responsáveis por atestar a segurança da barragem do Córrego do Feijão, que desmoronou em Brumadinho (MG), foram presos ontem temporariamente por 30 dias por suspeita de homicídio qualificado, crime ambiental e falsidade ideológica. Ao conceder as prisões, a juíza plantonista Perla Saliba Brito acatou entendimento que, dado o desabamento, os atestados de segurança poderiam não ser verdadeiros. Ainda não há informações sobre as causas da tragédia, que deixou, até ontem, 84 mortos. O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou que a mineradora vai acabar com as operações de barragens feitas pelo método de alteamento à montante, como as de Brumadinho e Mariana, considerado obsoleto, e iniciar processo de devolução das estruturas à natureza, o que deve levar até 3 anos. (METRÓPOLE / PÁGS. A16 a A19)

 

Intervenção descartada

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, e o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) descartaram ontem uma intervenção na direção da Vale. (ECONOMIA / PÁG. B5)

 

País tem só 35 fiscais para 790 barragens de rejeitos

A Agência Nacional de Mineração tem apenas 35 pessoas para fiscalizar as 790 barragens de rejeitos de minérios – como as de Brumadinho e Mariana – em todo o País. Eles usam laudos feitos pelas próprias mineradoras ou por empresas contratadas e só fazem fiscalização in loco quando há discrepância de dados. Para especialistas, esse modelo aumenta os riscos. Ontem, o governo anunciou que fará inspeção em 3 mil barragens de alto risco. PÁG. (A19)

 

Moro propõe que acordo judicial substitua processo e reduza pena

Com o objetivo de diminuir o número de processos, o ministro Sérgio Moro (Justiça) vai apresentar projeto de ampliação da possibilidade de acordo penal em que o acusado pode ter perdão de até metade da pena. Hoje, a lei permite acordo para crimes com pena de até dois anos. (POLÍTICA / PÁG. A4)

 

Estados em má situação financeira têm as contas mais ‘maquiadas’

Goiás, Minas e Rio, em calamidade financeira, estão entre os cinco Estados cujas contas apresentadas ao governo têm mais discrepância em relação aos dados apurados pela União. Para tentar interromper essa prática, o Tesouro passará a cobrar contabilidade mais detalhada. (ECONOMIA / PÁG. B1)

 

Supremo proíbe Guaidó de sair da Venezuela (INTERNACIONAL / PÁG. A12)

 

Ineficiência e corrupção

Livrar o setor público de empresas estatais que cresceram demais é retirar dos contribuintes a obrigação de manter estruturas pesadas e caras. (PÁG. A3)

 

A pressão corporativista

Entidades e associações ligadas a setores do funcionalismo público têm feito pressão contra a reforma da Previdência. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

 

Vale tem 56 barragens com elevado potencial de estrago

Presidente da empresa afirma que reservatórios no modelo do de Brumadinho serão desativados

Um terço das 175 barragens da mineradora Vale poderiam causar grandes perdas humanas e ambientais em caso de rompimento, aponta relatório feito pela ANA (Agência Nacional de Águas). Segundo a agência, 56 das barragens são de alto dano potencial associado, categoria que avalia possíveis perdas de vidas humanas e os danos sociais, econômicos e ambientais, caso se rompam. Nessa relação estava a de Brumadinho (MG), que se rompeu há cinco dias, deixando ao menos 84 mortos. Há 1.124 reservatórios com alto risco de rompimento, diz a ANA. Nenhum é da Vale. A barragem de Brumadinho era considerada de baixo risco. Ontem, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou que a empresa decidiu acabar com suas dez barragens a montante. “É um plano para não deixar dúvida de que todo o sistema da Vale está seguro”, disse ele. O modelo foi usado em Brumadinho. É mais barato, mas considerado o menos seguro. (Cotidiano B1)

 

Coaf recomendará ao BC que recue em revisão de norma

O presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Roberto Leonel, recomendará ao Banco Central a reinclusão dos parentes de políticos no monitoramento reforçado dos bancos. Em minuta de circular colocada em consulta pública no último dia 17, o BC retirou essa menção. A ação despertou preocupação de Ministério Público e Polícia Federal, que alertaram para a fragilização dos controles para identificar lavagem de dinheiro. Além de pais, filhos, companheiros, enteados, netos e avós, a vigilância extra alcança também “estreitos colaboradores” e sócios. (Mercado A18)

 

Governo ficará com 3 estatais ‘bem magras’, diz secretário

O secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, afirmou ontem que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer deixar apenas Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras de fora do rol de privatizações de estatais — existem 138 delas na esfera federal. “Nós temos já o apoio do presidente ao reafirmar que somente estas três empresas deverão permanecer, bem magrinhas. Vamos vender todas as subsidiárias delas”, declarou o secretário. O BNDESPar, braço de participações do BNDES, deverá ser extinto até o final deste governo. (Mercado A17)

 

Mourão gera mal estar no entorno de Bolsonaro

O protagonismo midiático de Hamilton Mourão como presidente interino incomodou o entorno familiar e político de Jair Bolsonaro. Causou especial alarme o general ter dito que investigação envolvendo Flávio Bolsonaro pode se tornar problema do governo. (Poder A6)

 

Cerco à Vale cresce com fala de Onyx e ações nos EUA

O cerco à Vale intensificou-se ontem no Brasil e no exterior. O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) bancou a hipótese de o governo agir para afastar a diretoria da empresa. Nos EUA, já há ações coletivas contra a Vale por perdas nos papéis devido à tragédia em Minas. (Mercado A14)

 

Troca-troca partidário faz PSL igualar a maior bancada, do PT (A4)

 

Lula pede à Justiça saída da prisão para poder ir ao enterro de irmão (A8)

 

Operação sobre Trump Hotel mira filho do ator Francisco Cuoco (A19)

 

Mercado minimiza, mas teme troca de diretoria da mineradora (A14)

 

Reforma trabalhista limitou indenização por dano moral (A16)

 

Sanções dos EUA pioram crise, mas servem a Maduro

Bloqueio imposto à petrolífera PDVSA compromete uma das principais fontes de receita do regime de Nicolás Maduro. Analistas ponderam que a medida pode ser usada pelo ditador para responsabilizar Washington pela grave crise econômica vivida pela Venezuela. (Mundo A10)

 

ENGENHEIROS RESPONSÁVEIS POR SEGURANÇA DE BARRAGEM SÃO PRESOS

Engenheiro terceirizado da Vale é embarcado pela polícia em São Paulo para BH; cinco que atestaram a estabilidade em Brumadinho foram presos (cotidiano B2)

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