Saúde alerta moradores de Canoinhas para se vacinarem contra febre amarela

Vírus encontrado no Paraná deixa Secretaria Municipal de Saúde em alerta

 

Canoinhenses que não estão imunizados contra a febre amarela precisam tomar a vacina. O alerta é da Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas. “A situação é preocupante, pois na sexta-feira, 25, foi confirmada a existência do vírus da febre amarela na cidade de Antonina, no Paraná, que fica a 250 quilômetros de Canoinhas”, revela a secretária Zenici Dreher.

 

Canoinhas está localizada em área geográfica que possui um corredor ecológico onde existe risco elevado de proliferação do vírus da febre amarela e por isso a necessidade da intensificação. “O objetivo principal da ação é prevenir doenças e proteger a nossa população”, explica.

 

A vacina é indicada para toda população entre nove meses até 60 anos de idade e principalmente para frequentadores e moradores de áreas rurais, trilhas, áreas de matas porque o vírus circula predominantemente em locais silvestres.

 

Cada pessoa deve procurar a sua unidade de saúde referência para tomar a vacina. Lembrando que os moradores do interior podem ir até a unidade central. As unidades de saúde voltam ao atendimento normal na sexta-feira, dia 1º.

 

De acordo com a secretária, inicia em Fevereiro também uma nova estratégia de vacinação no município de Canoinhas especialmente para a população que reside na área rural. Toda última semana do mês uma vacinadora vai acompanhar os serviços nas Unidades de Saúde da região interiorana.

 

Quem já tomou uma dose de vacina contra Febre Amarela está protegido e não há necessidade de nova dose. A Febre Amarela possui taxa de mortalidade de 50% e só a vacina protege!

 

CONTRAINDICAÇÃO

A vacina não deve ser tomada por pessoas que se encontram nas situações abaixo:

 

  • crianças menores de 9 meses de idade;
  • mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
  • com alergia grave ao ovo;
  • que vivem com HIV e têm contagem de células CD4 menor que 350;
  • em tratamento de quimioterapia/radioterapia;
  • portadoras de doenças autoimunes;
  • submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a resposta imunológica).

 

Para os casos abaixo, é necessário que a pessoa seja avaliada por um profissional antes de tomar a vacina, sendo preciso medir os riscos e benefícios da vacinação:

 

  • pacientes com imunodeficiência primária ou adquirida;
  • indivíduos com imunossupressão secundária à doença ou a terapias imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia, corticoides em doses elevadas);
  • pacientes em uso de medicações antimetabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe;
  • transplantados;
  • pacientes com doença oncológica em quimioterapia;
  • indivíduos que apresentaram reação de hipersensibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina;
  • indivíduos com reação alérgica grave ao ovo;
  • pacientes com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma);
  • indivíduos com idade acima de 60 anos;
  • crianças que tiverem alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso podem tomar junto com a da febre amarela, com exceção da tríplice viral (protege contra sarampo, rubéola e caxumba) e da tetra viral (protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Para a criança que não recebeu a vacina contra a febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar sua vacinação, orienta-se um intervalo de 30 dias entre as vacinas.

 

 

Para quem a vacina é contraindicada, orienta-se o uso de repelente de insetos, que deve ser aplicado em toda a área de pele exposta, respeitando os intervalos orientados pelos fabricantes e fazendo a reaplicação após o contato com a água. Para crianças entre seis meses e 2 anos de idade, gestantes e a aplicação em tecidos, há formulações próprias no mercado. É importante proteger a maior extensão possível da pele por meio do uso de roupas compridas (blusas e calças), meias e sapatos fechados. O uso de roupas claras facilita a identificação de mosquitos e permite que eles sejam mortos antes de picarem o indivíduo.

 

Outra forma de prevenção é passar o maior tempo possível em ambientes com portas e janelas protegidas por telas mosquiteiras, dormir em ambientes com mosquiteiros devidamente arrumados para não permitir a entrada de mosquitos (abas de abertura sobrepostas e barras inferiores embaixo do colchão). Além disso, é importante o uso de repelentes ambientais (sprays, pastilhas e líquidos em equipamentos elétricos) no quarto de dormir.

 

Crianças menores de 6 meses de idade não podem receber a vacina nem usar repelentes de aplicação direta na pele, por isso devem ser mantidas o tempo todo sob mosquiteiros e/ou em ambientes protegidos por telas.

 

A DOENÇA

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por vírus amarílico ou vírus da febre amarela. Pode ser de curta duração ou evoluir de forma grave, podendo levar à morte. Transmitida pela picada de fêmeas de mosquitos infectados com o vírus, a doença não possui tratamento específico, sendo apenas sintomática, com cuidadosa assistência ao paciente em ambiente hospitalar. A vacina é a única forma de prevenção e está disponível gratuitamente na rede pública de todo o país.

 

 

 

Qualquer pessoa que não tenha sido vacinada e que resida em áreas onde há a transmissão da doença ou visite-as pode contrair a febre amarela. A doença não é contagiosa, sendo adquirida apenas pela picada do mosquito infectado com o vírus.

 

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo (de modo geral), náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada na pele ou na parte branca dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência múltipla de órgãos.

 

Ao identificar alguns dos sintomas, a pessoa deve procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar: sobre qualquer viagem para as áreas de risco realizada nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas; se observou mortandade de macacos, ou tomou conhecimento disso, próximo aos lugares onde esteve; e se já tomou a vacina contra a febre amarela, além da data.

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