Ser um bom professor não é uma tarefa simples e, sobretudo para os dias atuais, é um desafio diário
Diane Ruteski e Vanuza dos Anjos*
As formas de ensinar e de aprender vêm evoluindo ao longo dos anos, pois o professor que já foi considerado o único detentor do saber, atualmente ocupa [ou pelo menos deveria] a função de mediador do conhecimento. Nesse contexto, ele não perde o seu papel fundamental na educação, visto que tem o contato direto com os alunos, e portanto, é o responsável pela mediação que gera conhecimento.
Cabe ao professor qualificar bem seus educandos. Ser um bom professor não é uma tarefa simples e, sobretudo para os dias atuais, é um desafio diário, pois os alunos aprendem não somente no espaço escolar, mas sim em todo lugar e a todo momento.
Dentro do processo de ensino e aprendizagem o docente deve valorizar a importância da experiência de vida do aluno, a importância desse processo é ver que o aluno trazendo esses conhecimentos adquiridos por diversas fontes, impacta no seu aprendizado, no seu olhar quanto ao que é ensinado.
Dessa forma percebe-se a grande responsabilidade que tem o docente e a instituição. No Senac temos o modelo pedagógico nacional. Esse contexto é apontado nos Referenciais para a educação profissional (2002), esse documento aponta que:
Esse modelo supõe, também, a adoção de um novo paradigma pedagógico, no qual a atenção se desloca do ensino para o processo de aprendizagem. A prática pedagógica orientadora desse paradigma deverá se pautar na valorização das experiências pessoais do aluno, sejam elas acadêmicas ou de vida. Nesse sentido, a responsabilidade das instituições de educação profissional se amplia, porque esse modelo exige novas formas de organização curricular, novos conteúdos e metodologias que coloquem o aluno como sujeito ativo do processo de aprendizagem.**
Não é o ideal, mas ainda existem alunos que voltam para suas casas somente com matérias copiadas do quadro negro e com o caderno cheio de anotações sem realmente entender o sentido e significado disso na prática. Com o advento da tecnologia, sobretudo o uso dos smartphones, tablets e computadores pessoais, como os notebooks, muita coisa mudou. Conseguir manter a atenção do aluno voltada apenas ao conteúdo da aula é uma missão quase que diária dos professores em sala de aula.
Não é mais possível desconectar totalmente o aluno da tecnologia, talvez o caminho seja aceita-la como aliada, através de seu uso em sala de aula, a tecnologia vem neste sentido para melhorar a forma de ensino e aprendizagem nas escolas, é preciso descontruir os paradigmas de ensino tradicional e modernizar o ensino.
Atualmente sabe-se que os alunos saíram do papel de expectadores e passaram a contribuir para a disseminação do conhecimento, as aulas são constituídas de trocas de experiência formando o aluno para a sociedade como um todo, e através de bons recursos tecnológicos é possível facilitar essa disseminação.
Torna-se primordial que o educador que não teve contato com o mundo digital em sua formação profissional, busque novos horizontes e procure atualizar suas práticas pedagógicas, a fim de fazer com que o aluno aprenda o conteúdo, respeitando o fato de que os alunos possuem ritmos e estilos de aprendizagemdiferentes.
O papel da escola e do professor é estimular os alunos a buscar e construir o conhecimento de forma integral, através de metodologias atualizadas e sobretudo motivadoras, que incitem o desejo da busca pelo novo, pela mudança, e acima de tudo, ajudem o aluno a desenvolver-se para o mercado de trabalho, tanto no conhecimento técnico quanto em suas habilidades comportamentais, isso permite que o aluno busque ser um profissional competente e um agente transformador e atuante na sociedade.
*Diane Ruteski e graduada em Administração, possui MBA em Gestão da Excelência nas Organizações, Especialização em Tecnologias para Educação Profissional, pós-graduanda em Educação e Diversidade e graduanda em Pedagogia.
Vanuza dos Anjos é graduada em Administração, Graduada em Logística, possui MBA em Gestão da Excelência nas organizações, Especialização em docência no ensino técnico profissional, Especialização em Tecnologias para Educação Profissional, pós-graduandano MBA em Gestão Estratégica pelo SENAC e é graduanda em Pedagogia.
**SENAC. DN Referenciais para a educação profissional do Senac. Maria Helena Barreto Gonçalves: Joana Botini; Beatriz Arruda de Araujo Pinheiro et al. Rio de Janeiro: SENAC/DPF/DI, 2002.