Tempo, no entanto, ainda é pouco para se cobrar ações efetivas
100 DIAS DE MOISÉS
Não é segredo para ninguém que Carlos Moisés da Silva (PSL) caiu de pára-quedas no Governo do Estado. Ao começar a campanha nem ele acreditava na própria vitória. A onda bolsonarista veio como um tsunami e o elegeu no rastro do presidente.
Com a missão dada, seguindo a tradição militar, Moisés arregaçou as mangas e demonstrou esforço em, primeiro, compreender o funcionamento da máquina pública. Inteligente, se isolou da imprensa e dos correligionários mais ávidos por cargos. Foi criticado por isso, mas sua atitude se mostrou acertada.
Quando tinha um diagnóstico mais preciso da máquina estadual, deu as primeiras entrevistas e começou a receber prefeitos e deputados. Avançou ao criar um plano de gestão que, ao menos na teoria, parece promissor. Resta o teste da prática. Abaixo a coluna lista o que vê como quatro pontos positivos e quatro negativos dos 100 primeiros dias de gestão:
POSITIVOS
*Fortalecimento das associações de municípios, que terão parte das atribuições antes conferidas às agências de desenvolvimento regional;
*Criação de uma central de atendimento aos prefeitos na Casa Civil;
*Aproveitamento de servidores de carreira nos cargos de primeiro escalão;
*Integração das forças de segurança pública.
PONTOS NEGATIVOS
*Descaso com os hospitais filantrópicos;
*Morosidade em definir políticas públicas para a Saúde;
*Negligência quanto a situação das rodovias estaduais (o plano anunciado de criação de usinas de asfalto não está bem delineado e levará meses para ser implementado);
*Relação morna com os deputados estaduais.
DIFERENÇAS
A única característica que une Moisés a Bolsonaro é o mesmo partido. No resto, nada mais. Ponderado e acertivo nas declarações, Moisés passa longe das tresloucadas declarações de Bolsonaro.
TAMANHO FAMÍLIA
Chamou a atenção do Ministério Público o fato de parte das viagens usando diárias da Câmara de Vereadores de Três Barras foram feitas pelos irmãos Daniel (motorista) e Joel (funcionário da Câmara) e pelo pai dos dois, Cidinho (então presidente da Câmara no ano passado). O MP investiga os gastos com diárias de 2018 e 2017.
PEGOU MAL
Prefeito Beto Passos (PSD) não gostou nem um pouco das declarações do vice Renato Pike (PR) sobre a instalação do Superpão em Canoinhas. Nesta semana, em entrevista ao programa Repórter 98, da 98 FM, Pike disse que a vinda da rede para a cidade mostra que estamos pensando em concorrência antes do desenvolvimento.
MANDATO ESTENDIDO
Vereador Célio Galeski (PSD) voltou empolgado de Brasília. Ele conversou com o deputado federal Rogério Mendonça (o Peninha), que vai propor o calendário unificado de eleições. Se aprovada a proposta, os atuais vereadores e prefeitos teriam dois anos a mais de mandato. “Não é por ter mais dois anos de mandato, mas pela economia que isso representa”, pontua Galeski que trouxe de Brasília, também, um resfriado daqueles.
CASAN
Uma das novidades anunciadas pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL) nesta semana foi a redução da tarifa mínima da Casan. O estudo é da Aresc, a agência reguladora do Estado. A nova proposta prevê redução da tarifa mínima de R$ 44 para R$ 29,53 no caso de zero consumo, de 1 a 10 métros cúbicos R$ 1,93 por metro, de 11 a 25 metros, R$ 8,84 por metro. O estudo prevê também redução de R$ 8,26 para R$ 5,54 a tarifda social. Para consumidores em geral, quanto mais consumir, mais paga.
EMENDAS
Os deputados estaduais apresentaram, no decorrer desta semana, mais sete emendas ao projeto de lei complementar (PLC) 8/2019, que trata da Reforma Administrativa do Poder Executivo. Até a tarde desta sexta-feira, 12 emendas já foram protocoladas pelos parlamentares ao projeto que tramita em regime de urgência.
De acordo com o cronograma estabelecido pelos relatores e pelos presidentes das três comissões permanentes da Alesc que analisam o PLC, os deputados terão até do dia 30 de abril para apresentar suas emendas. Este prazo também vale para as emendas de bancada e de blocos parlamentares. Já os líderes partidários e dos blocos terão até dia 6 de maio para apresentar emendas.
VIGNATTI
A Assembleia Legislativa continua contratando lideranças políticas sem mandato. A bancada do PT nomeou o ex-deputado federal Cláudio Vignatti para atuar como secretário parlamentar em Chapecó.Vignatti disputou o governo do Estado em 2014 e o Senado em 2010.
Ano passado, tentando voltar para a Câmara dos Deputados, ficou com a terceira suplência do partido. O segundo suplente, Dirceu Dresch, também ganhou nomeação na Alesc – são sete ex-deputados estaduais com cargos comissionados no parlamento.
VAI E VOLTA
João Rodrigues (PSD) vai reassumir o cargo de deputado federal. Um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determina que seja suspensa a inelegibilidade do político catarinense até que até análise final do pedido de prescrição da pena que levou ao indeferimento de seu registro de candidatura ano passado.