A eleição pós-Campos

Os principais jornais desta quinta-feira, 14, por uma obrigação de não remoer simplesmente o factual apresentado pelas emissoras de tevê e sites no dia anterior, se ocupou de fazer ilações a respeito dos rumos da eleição presidencial depois do desaparecimento de Eduardo Campos (PSB).

Todos, seguindo a ordem natural das coisas, colocam Marina Silva (PSB) virtualmente no páreo.

O PSB tem dez dias para indicar um sucessor, se aliar a algum dos outros candidatos ou simplesmente se anular do processo.

Com quase 20 milhões de votos na última eleição e com uma vontade enorme de disputar a presidência (lembram-se das inúmeras tentativas de emplacar a Rede Sustentabilidade?), Marina só não será candidata se os pitbulls do PSB forem inflexíveis ao ponto de impor restrições tão radicais que façam Marina sucumbir. Em se tratando da atual política, isso não deve ocorrer. O que interessa é que Marina é o que tem pra hoje. O PSB não tem em seus quadros ninguém a altura. Para se aliar a Dilma, novamente, tem de ter a coragem de assumir que Eduardo pensava diferente de todo o resto do partido já que, sabe-se agora, ele recusou ser vice de Dilma em nome do projeto próprio.

Com Marina no páreo, fica a questão. Ela tira votos de Dilma ou de Aécio Neves (PSDB)?. Sabe-se que ela estava melhor que Eduardo nas pesquisas antes da aliança. O fato de já ter disputado uma eleição e de representar a continuidade do sonho de Eduardo, morto como herói, deve pesar bastante.

Estaremos, portanto, diante de um novo cenário eleitoral.

O Datafolha já anunciou. Semana que vem tem pesquisa.

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