A escolha pelo "menos pior"

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, disse que a campanha presidencial chegou a nível tão baixo que já está provocando episódios de intolerância entre eleitores. Ele citou casos de agressões entre pessoas que discutiam política dentro de ônibus. No segundo turno, de acordo com Toffoli, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se empenharam mais em destruir o adversário do que em defender suas próprias ideias, o que obrigou o TSE a impor “um freio de arrumação”, proibindo ataques nos programas eleitorais. “Virou uma campanha do ‘vote no menos pior’”, criticou o ministro.

   Toffoli está certo. O que se viu, especialmente no debate do SBT na semana passada, foi degradante. Dilma, ruim de oratória, provocava Aécio que, de forma impressionante, ganhou um poder de fogo que aplacou o tom apático de seu discurso no primeiro turno. No quesito baixaria, tanto um quanto o outro descem cada vez mais no poço negro da política comum a ambos.

    Fato é que, como bem frisou o ministro, o brasileiro vai às urnas neste domingo, 26, para escolher o “menos pior” na sua visão. Mas até isso está difícil. Com um debate centrado em ataques, sem discutir propostas e um plano para melhorar o país, especialmente nos setores da economia, educação e saúde, fica difícil fazer uma avaliação. O derradeiro debate da TV Globo não ajudou muito. Dilma chegou a recomendar curso do Senai para uma economista. Aécio tergiversou o tempo todo, tentando linkar Dilma à corrupção. Ela, por sua vez, ressuscitou casos rumorosos do tempo dos tucanos como a Pasta Rosa, Mensalão Tucano e compra de votos para aprovação da reeleição. Quer dizer, o debate só reforçou a tese do sujo falando do mal lavado. Decidiremos, enfim, pelo “menos pior” na ótica de cada eleitor.

 

Combate a criminalidade

Enquanto Associações de Moradores de bairros como o Alto das Palmeiras se mobilizam para criar Conselhos de Segurança depois de uma onda de seis assaltos ter ocorrida em Canoinhas em pouco mais de um mês, a Câmara de Canoinhas entrou na discussão.

    Neste semana, vereador Osmar Oleskovicz (PSD) pediu a presença do delegado regional Wagner Meirelles no plenário para apresentar o que está sendo feito para melhorar essa questão. Segundo ele, a população canoinhense está apreensiva com o elevado número de assaltos a mão armada ocorridos em estabelecimentos comerciais, além de roubos e furtos registrados em diversos pontos da cidade. “Será importante até como forma de o legislativo levar estes esclarecimentos à comunidade”, ressaltou.

 

Aliados divididos

Luiz Henrique (PMDB) foi fiel a Raimundo Colombo (PSD) no primeiro turno. Mas não espere a mesma fidelidade quando o assunto é segundo turno para as eleições presidenciais. LHS já declarou apoio aberto ao tucano Aécio Neves (PSDB). Colombo, por sua vez, depois de nem citar Dilma Rousseff (PT) na campanha do primeiro turno, dado o inconveniente do concorrente petista, Claudio Vignatti, estocá-lo a todo momento, agora resolveu vestir a camisa vermelha e tem pedido abertamente votos a Dilma.

Paulo Bauer (PSDB), por sua vez, tem se empenhado na campanha de Aécio. Tanto que, se eleito, Aécio prometeu ao senador que o primeiro estado que pretende visitar será Santa Catarina.

O presidente estadual do PP, deputado Joares Ponticelli, afirma que a decisão, tomada nas convenções de junho, continua a mesma: reforço à candidatura de Aécio Neves. O PSB, de Paulinho Bornhausen, candidato derrotado na disputa pelo Senado, também apoia o tucano.

O PT conseguiu trazer Dilma para o Estado na semana passada. No primeiro turno, a presidenta não visitou o Estado para evitar constrangimento entre Vignatti e Colombo.

 

 RÁPIDAS

60%: dos candidatos ao 2º turno respondem a algum processo judicial.

 

11: postos de saúde de Major Vieira teriam sido fechados nos últimos anos, segundo o prefeito Orildo Severgnini.

 

 PETROLÃO: Este é o nome de batismo do primeiro escândalo do futuro governo, seja PT ou PSDB. Ele se refere aos desvios milionários da Petrobras.

 

2º TURNO: Eleitores que votam na Escola Irmã Maria Felícitas seguem votando no Almirante Barroso.

 

 VALE LEMBRAR: Justificativa pode ser feita em até 60 dias depois da eleição. A multa para quem não votou e não justificou é de R$ 3,50. Quem não votou no 1º turno, pode votar no 2º sem problemas.

 

 91,5%: dos eleitores que votaram pela urna biométrica no primeiro turno foram reconhecidos. O TSE espera que no 2º turno este índice seja superado.

 

 APURAÇÃO: A Band FM acompanha a marcha da apuração dos votos na região a partir das 17h deste domingo, 26. O JMais mostra os números em tempo real.

 

 0800-648-3310: É o número do Disque-eleitor para tirar dúvidas.

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