Série bebe da fonte de A Maldição da Residência Hill, ainda mais assustadora
TERROR SUGESTIVO
Quem não curte o horror explícito a la The Walking Dead tem uma boa pedida na Netflix. Da mesma lavra de uma das melhores série de terror que o streaming já produziu – A Maldição da Residência Hill – A Maldição da Mansão Bly bebe na fonte da primeira para contar uma história diferente, mais branda nos sustos, mas não menos intensa.
Muitos eventos macabros acontecem dentro da mansão na qual Dani (Victoria Pedretti) trabalha como babá dos órfãos Miles (Benjamin Evan Ainsworth) e Flora (Amelie Bea Smith), mas aos poucos o espectador passa a acompanhar as tramas pessoais de cada personagem – a governanta, o cozinheiro e a jardineira – e, com isso, o drama supera a tensão e o terror. Ganha uma humanização incomum em histórias de terror. Foi este o trunfo da Residência Hill, que se repete aqui.
Boa parte dos sustos se deve à direção precisa, sugestiva, que explora os cantos da mansão que, em um primeiro momento parece agradável, mas que se transforma indesejada em pouco tempo ao espectador. Muito da atração que a série exerce sobre o espectador está nas brilhantes interpretações das duas crianças. Todos os demais personagens estão muito bem, mas sem o talento da ala mirim a coisa não iria para a frente.
A Maldição da Mansão Bly é uma série de terror com camadas que fascinam e causam reflexão sobre morte, perda e existência. Brilhante!
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