A polêmica do Samu em Santa Catarina

O Governo do Estado bem que tem se esforçado, mas está difícil convencer que o melhor é unificar o atendimento do Serviço Móvel de Urgência (Samu) em uma central em Florianópolis. Hoje são oito centrais.

O atual modelo já é questionável. A região de Canoinhas, por exemplo, é atendida por Joinville. Portanto, se você necessitar dos serviços do Samu, liga para 192, a ligação cai na central de Joinville, que direciona a demanda para o Samu mais próximo de você. Como o serviço é nacional e o atendente tem um mapa na tela do computador que aponta de onde você está ligando, veja só um exemplo de contradição. Há poucos meses um morador de Poço Preto, localidade do interior de Irineópolis que fica na divisa com o Paraná telefonou desesperado para o 192. Sua esposa tinha sido atingida na cabeça e estava desacordada. O sistema do Samu identificou a ligação como originada do Paraná e direcionou o atendimento para Ponta Grossa. A atendente anotou todos os dados e acionou a ambulância da cidade paranaense. Seria cômico não fosse trágico. Irineópolis tem uma das melhores unidades móveis do Samu. Até o erro ser identificado perdeu-se muito tempo e a mulher morreu a caminho do Hospital São Braz, em Porto União.

     Por essas e outras que não seria exagero imaginar que a centralização do atendimento deve piorar a logística truncada do Samu, serviço essencial, que precisa não só ser mantido, mas melhor gerenciado. Nem mesmo dentro do Governo tem quem acredite piamente que a solução é unificar o atendimento. Ganharia mais o Governo se comprasse centrais telefônicas para cada unidade do Samu. Os próprios socorristas poderiam atender as ligações. Afinal, quem precisa do Samu não pode ser jogado na rede de burocracia que existe hoje, muito menos entrar na fila da central única que se desenha.

 

Vereadores na berlinda

Pelo menos mil pessoas se concentraram em frente à Câmara de Vereadores de São Mateus do Sul na segunda-feira, 31, para pressionar os edis a aprovarem projeto de lei que reduz os salários deles de R$ 6,2 mil para R$ 800, além dos salários do prefeito (de R$ 18 mil para R$ 10 mil), do vice e dos secretários (de R$ 6 mil para R$ 3 mil). Não adiantou argumentar. A cada tentativa, o povo vaiava e pressionava. Acabou que o projeto passou e segue agora para sanção do prefeito Clovis Genésio Ledur (PT). Como a sanção deve ocorrer em gabinete, difícil que o prefeito endosse a redução do próprio salário. Imprevisível a reação do povo a partir da negativa do prefeito.

     A onda de mudança vem se aproximando da região. A marola que se anunciou há três semanas em Canoinhas pode virar tsunami caso os manifestantes se sintam encorajados pelos vizinhos paranaenses.

 

colunaNa sexta-feira, 28, deputado Darci de Matos (PSD) reuniu um time de peso de pessedistas do calibre de Mauricio Eskudlark em seu sítio em Campo Alegre para uma partida de futebol. Destaque para a presença dos canoinhenses: Beto Passos, Osmar Oleskovicz, Paulo Glinski e o (nem tão) estranho no ninho, Renato Pike (PR).

 

 

 

 

Surdina

Causou estranheza a falta do deputado Antonio Aguiar na reunião de cúpula do PMDB realizada sem a presença da imprensa na segunda-feira, 31, no gabinete do prefeito Beto Faria. Lá estavam o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, senador Dario Berger, deputados Mauro Mariani e Valdir Cobalchini e o secretário de Desenvolvimento Econômico Carlos Chiodini.

 

Estava sabendo

 Aguiar disse que estava sabendo da reunião, mas não pode comparecer por motivos alheios a sua vontade. Fato é que toda essa gente não se deslocou de Florianópolis e Brasília para uma visita de cortesia. O assunto tratado na reunião, segundo apurou a coluna, tem tudo a ver com as eleições do ano que vem. O PMDB quer se fortalecer, sem perder o pique dado pelo finado Luiz Henrique e para isso está testando todas as probabilidades de continuar em prefeituras como a de Canoinhas e de conquistar as que estão nas mãos de outros partidos.

Agora, o que, de fato, ficou acertado na reunião, ainda não se sabe. Ainda…

 

RÁPIDAS

NÃO SAI: Bene Carvalho continua afirmando que não deixa a Secretaria de Obras. “O PMDB não abre mão da Secretaria. Só saio para concorrer em 30 de junho do ano que vem”, afirma.

 SAI:  Para Gil Baiano (PSDB) no entanto, outubro é mês de assumir a Secretaria.

HOMENAGEM: Deputado Antonio Aguiar (PMDB) recebeu título de cidadão honorário de Porto União na quarta-feira, 2.

MOVIMENTO: O PMDB regional se reúne neste sábado, 5, no Centro Comunitário de Major Vieira para um almoço de confraternização.

 PROVA: A partir de agora todas as audiências na Justiça do Trabalho de SC podem ser filmadas. A reivindicação partiu dos advogados.

COMPLICOU: O Supremo decidiu nesta semana que não será automática a divisão de bens de casais que se divorciam. A decisão vale para bens que estejam em nome de somente um dos cônjuges.

EM RODOVIAS: Comissão da Câmara dos Deputados endossou projeto de lei que obriga motoristas a transitarem com luz baixa acesa durante o dia.

AVERSÃO: Ex-prefeito Orlando Krautler diz que não volta tão cedo para a política. Ainda acumula dores de cabeça dos dois mandatos.

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