Homem de 45 anos ficou a 3,5 metros de profundidade
Depois de quase 10 horas de trabalho dos Bombeiros de Canoinhas, Três Barras, Major Vieira e equipe do Serviço Móvel de Urgência (Samu), Valdir Vielevski, de 45 anos, foi retirado sem ferimentos graves de um aterro industrial da Cia Canoinhas de Papel na madrugada desta quinta-feira, 25. O acidente aconteceu no bairro Água Verde, na antiga estrada de Arroios, às 15h30 desta quarta-feira, 24.
O REPÓRTER BILUKA ACOMPANHOU O RESGATE
Valdir estava em uma valeta de cerca de 3,5 metros ajeitando tubos que seriam posteriormente enterrados por um trator. Durante o trabalho, o barranco desmoronou e soterrou a vítima. Apesar de ter mais de 1,5 metro de terra sobre a cabeça, o homem sobreviveu.
Bombeiros e Samu chegaram rapidamente no local e tentaram comunicação e acesso por um buraco pelo outro lado da vala para se comunicar com a vítima. “Pudemos calcular sua localização e iniciarmos a retirada do material com uso de máquinas, escoras, tapumes e várias equipes de bombeiros em revezamento. Retiramos a terra, que estava sobre a cabeça da vítima numa espessura de cerca de 1,5 metro. Após foi ofertado oxigenoterapia (um tubo com oxigênio), acalmado a vítima e continuado na retirada de terras e pedras que estavam ao redor prendendo o corpo da vítima”, explicam os bombeiros em nota à imprensa.
Por volta das 00h30 da madrugada, após a construção de vários tapumes de contenção da terra mole com pedras os bombeiros conseguiram chegar às pernas de Valdir, conseguindo resgatá-lo com sucesso. Ele estava consciente, com escoriações e ferimentos mais graves nas mãos. Em seguida foi realizado o atendimento pré-hospitalar e o homem foi levado para o Pronto Atendimento de Canoinhas. No momento ele passa bem.
HEROÍSMO
O repórter Biluka, que acompanhou a operação, ficou impressionado com a obstinação dos bombeiros. “Tinha bombeiros usando as próprias unhas para retirar a terra. Foi um trabalho intenso, cansativo”, conta.
OUÇA ENTREVISTA COM O CAPITÃO CLEMENTE MICHELS
“A terra que caiu por cima dele, parte se soltou bastante, outra parte ficou mais compactada. Quando a terra caiu de uma das laterais, segurou um pouco, não caiu com o peso total em cima da vítima. A parte mais solta recobriu ele, mas deixou espaço que permitiu que ele respirasse. Era impossível ver ele, mas sobrou um mínimo de espaço para que ele pudesse respirar e nós pudéssemos conversar com ele. Do nível do solo até ele, eram 2,6 metros. Bem difícil termos sucesso em uma ocorrência dessa”, considerou o capitão Clemente Michels, que coordenou a operação.
Valdir sofreu apenas lesões nas mãos e algumas escoriações. Ele segue internado em observação no Hospital Santa Cruz de Canoinhas.