Crime aconteceu em outubro de 2013 em Bela Vista do Toldo
Jairo de Jesus Caetano será julgado na tarde desta terça-feira, 13, no Tribunal do Júri da Comarca de Canoinhas. Ele é acusado de ter assassinado João Maria Beje Filho em 20 de outubro de 2013 durante uma festa beneficente para arrecadar recursos para a Associação de Pais e Alunos do Núcleo Escolar Juliana Tomporoski Krull, na localidade de Serra do Lucindo, interior de Bela Vista do Toldo.
Durante a festa, Jairo iniciou uma briga com João Maria, que estava acompanhado de Everton Alves dos Santos. Pouco depois, Jairo sacou de um revólver calibre 32, marca Rossi, e desferiu dois tiros contra João Maria e Everton.
Um dos tiros atingiu o peito de João Maria, levando-o à morte. Outro tiro atingiu a perna direita de Everton. “Quanto à vítima Everton, o crime não se consumou por circunstâncias
alheias à vontade do denunciado, tendo em vista que o disparo acertou a vítima em região não letal e, além disso, ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, recebendo o adequado e eficaz atendimento médico”, anotou o Ministério Público na denúncia.
Depois de disparar os dois tiros, Jairo foi contido por pessoas que frequentavam a festa.
Além de indiciado por homicídio e tentativa de homicídio, Jairo vai responder por porte ilegal de arma de fogo, já que o revólver que portava estava com a numeração raspada e em desacordo com a Legislação.
O julgamento de Jairo começa às 13 horas.
SEGUNDO JULGAMENTO
Este será o segundo julgamento do novo Fórum de Canoinhas. No primeiro, realizado em 8 de fevereiro deste ano, o corpo de jurados absolveu Ailson Prestes de Lima, acusado de ter assassinado Ronaldo Teles de Paula em 2016. Acusado de ser comparsa de Ailson, Mauricio Wallace de Oliveira Portes não chegou nem a ser julgado pelo júri popular porque o Ministério Público pediu sua absolvição.
Ailson era acusado de ter disparado vários tiros contra um grupo de quatro homens que estava na rua Julio Budant Neto, no distrito do Campo d’Água Verde. Um dos tiros teria atingido Ronaldo na cabeça. Ele morreu na hora. Os outros três homens não foram atingidos. Mauricio estaria na garupa da motocicleta pilotada por Ailson no momento dos disparos.
O júri adotou a tese de legítima defesa sustentada pelos advogados Andrey Watzko e Daniel Rocha e absolveu Ailson, que estava preso há um ano. A defesa afirmou que as vítimas também estariam armadas e teriam atirado contra Ailson.
A Promotoria Pública não recorreu da decisão do júri.
Presidiu o júri a juíza Dominique Gurtinski Borba Fernandes.