Gilson Carneiro teria assassinado Helena Colombo no dia 9/5
Acusado de assassinar por esganamento a aposentada Helena Colombo, 88 anos, em 9 de maio deste ano, Gilson Carneiro participa de audiência de instrução e julgamento na tarde desta terça-feira, 16. A audiência é importante por causa da decisão que deverá sair a partir dela. A juíza criminal Marilene Granemann de Mello deve definir se a partir das evidências colhidas, de fato Carneiro teria entrado na casa de Helena para roubar. Flagrado pela idosa ele a teria assassinado. O ato de matar para roubar configura latrocínio e, dessa forma, livra o acusado do júri popular.
Sendo assim, o acusado de latrocínio é julgado por decisão monocrática, ou seja, pela juíza, em gabinete. A expectativa é de que, nesse caso, a sentença saia mais rápido.
A audiência começou às 17 horas e a expectativa é de que entre noite adentro. Várias testemunhas foram arroladas entre vizinhos, parentes e policiais que atuaram no caso.
RELEMBRE O CASO
Helena Colombo foi morta por sufocamento (asfixia mecânica) em sua casa na rua Marechal Deodoro, no centro de Canoinhas, na manhã de 9 de maio deste ano. Ela morava sozinha, mas era cuidada pela filha e pelo genro que moram a poucos metros da casa onde aconteceu o crime.
O genro encontrou o corpo da sogra justamente ao estranhar a demora dela em abrir a casa.
A Polícia acredita que Helena teve a casa invadida e ao reagir ao assalto, entrou em luta corporal com o ou os assaltantes e acabou sendo assassinada.
Ao chegar na casa, pela manhã, o genro percebeu que a porta da frente estava aberta e os móveis e utensílios estavam espalhados pela casa. O corpo foi encontrado no chão do quarto da idosa.
Gilson Carneiro, mais conhecido como Sonho, depois identificado como o assassino, teria deixado objetos caídos pelo caminho na hora da fuga. Uma TV ficou pendurada nas grades da cerca da casa. Carneiro teria tido um comparsa, que também será ouvido na audiência desta terça.Carneiro foi preso oito dias depois do crime. Sonho foi encontrado na localidade de Bom Sossego, no interior de Timbó Grande, cerca de 80 quilômetros de Canoinhas. Ele estava escondido em um local desabitado, andava em meio a mata fechada e passava as noites em ranchos abandonados na localidade, o que dificultou bastante as diligências.
Helena era mãe do jornalista Lucio Colombo e avó da também jornalista Ellen Colombo. Lucio mora em Irineópolis e escreve há décadas no jornal Correio do Norte, onde Ellen também foi jornalista responsável.