Acusado de matar técnico de futebol é condenado

Carlos Correia pegou pena de 63 anos de prisão                                                                                   

 

O assassinato do ex-jogador e técnico de futebol, Josué Henrique Kaercher, e mais quatro crimes renderam ao autor 63 anos, nove meses e 10 dias de prisão. Esse foi o resultado do júri popular de Carlos Correa, conhecido como Carlinhos da Pantera Negra, nesta sexta-feira, 23, no Fórum da Comarca de Caçador.

 

O julgamento, que teve início às 9h e se estendeu até a leitura da sentença às 18h, foi marcado por momentos de emoção. Parentes e amigos de Josué e da família Kindermann levaram faixas, cartazes e camisetas cobrando punição severa ao autor dos crimes.

 

Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado, tentativa duplamente qualificado, constrangimento ilegal, cárcere privado e posse irregular de arma de fogo.

 

Entre os fatos que agravaram a pena do réu, está o de ter cometido o crime embriagado, de ter mentido em juízo, de ter cometido cárcere privado mediante dissimulação e em razão de uma das vítimas ser mais de 60 anos.

 

Carlinhos deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado. Segundo o juiz, o réu deverá cumprir pelo menos 3/5 da pena para que possar ter direito à progressão de regime.

 

O CRIME

No dia 11 de dezembro de 2015, Carlinhos foi até o Hotel Kindermann e fez cinco pessoas reféns dentro de uma sala de reuniões. Ele não conseguia aceitar o fato de ser demitido do time de futsal do Kindermann após ter viajado bêbado para um jogo fora da cidade.

 

Carlinhos estava com um revólver calibre 32, várias munições no bolso e uma lista de nomes com quem queria conversar e acertar contas. Em determinado momento o criminoso atirou no peito do técnico da equipe na época, Josué.

 

Logo em seguida, Carlinhos ainda apontou o revólver para Richard Kindermann, dirigente do time, e puxou o gatilho. Mas a arma falhou. Nesse momento ele foi contido até a chegada da polícia.

 

O crime chocou a cidade de Caçador e ganhou repercussão nacional. Naquele mesmo ano, Josué comandou o Kindermann no título da Copa do Brasil de Futebol Feminino. Em 2012 ele foi campeão da Série C do Estadual jogando pela Caçadorense.

 

Josué deixou um filho pequeno. Os pais dele e o irmão assistiram ao júri popular.

 

 

As informações são do site caçadoronline

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