Aguiar cobra estudo técnico para federalizar trecho da SC-477

A necessidade de o governo catarinense apressar providências para viabilizar a federalização do trecho da SC-477 entre Papanduva e Canoinhas foi motivo de pronunciamento do deputado Antônio Aguiar (PMDB) nesta quarta-feira, 10. Ele expôs a necessidade de a Secretaria de Infraestrutura contratar o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) do segmento de 34 quilômetros, que serve de junção entre as BRs 116 e 280, no Planalto Norte, para que, a partir dessa providência, em ação conjunta com o DNIT, o Estado possa encaminhar o processo de passagem do trecho ao controle da União.

Aguiar explica que a vantagem está no fato de o trecho específico ter sido incluído no Plano Nacional de Viação (PNV), com recursos previstos para sua recuperação. A estrada está em mau estado de conservação e necessita recapagem com asfalto, obras complementares e projetos de atualização do trajeto, além de sinalização vertical e horizontal. Como foi classificada no PNV como rodovia com traçado convergente com o de uma federal projetada, fica mais fácil sua incorporação. Isso agiliza a modernização e poupa gastos para o governo catarinense. “Um estudo técnico deve custar cerca de R$ 1 milhão, mas a recuperação total do trecho deve passar de R$ 25 milhões. Ou seja, usuários vão ganhar uma estrada melhor, em menor tempo, com custo bancado pelo governo federal”, sugere o deputado.

O anúncio das concessões de rodovias, portos e aeroportos pelo governo federal também passou pelo crivo do líder da bancada do PMDB na Assembleia. Aguiar focou especialmente a possibilidade de a BR-280 ser privatizada entre São Francisco do Sul e Porto União. “Com o leilão dessa rodovia, muda uma cultura entre usuários, que vão ter que pagar para utilizar a estrada, e desde já quero me posicionar. Se as estradas forem bem conservadas, seguras e garantida a trafegabilidade, então podemos aceitar as concessões, preservando-se também a garantia de trânsito local sem pedágio no âmbito dos municípios, mesmo que a partir de rotas alternativas, como margens das rodovias”.

Mas o parlamentar alertou que, no caso da BR-280, será preciso resolver graves gargalos de trânsito, como é a questão do acesso a São Francisco do Sul, com a intensa demanda de caminhões em razão do porto, bem como os problemas de trânsito urbano em Guaramirim e Jaraguá do Sul. “Quase o mesmo acontece no perímetro urbano de Porto União, que certamente terá que ganhar uma alça rodoviária fora da cidade”, avalia Aguiar.

 

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