27 de março de 2020
Folha de S.Paulo
Explode número de internações por problemas respiratórios, diz Fiocruz
O Brasil teve uma explosão de registros de internação de pessoas com insuficiência respiratória grave depois da primeira notificação de um paciente com coronavírus no Brasil, indicam dados da Fiocruz.
O primeiro caso de Covid-19 foi notificado no dia 25 de fevereiro. Naquela semana, 662 pessoas foram internadas no país com doença respiratória aguda, com sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória.
Na semana entre os dias 15 e 21 de março, o número de novos internados já tinha saltado para 2.250 pacientes, de acordo com a projeção feita com base nas notificações oficiais enviadas por unidades de saúde e hospitais públicos, e alguns privados, de todo o país ao Ministério da Saúde.
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O Estado de S.Paulo
De cada R$ 100 prometidos, só R$ 36 saíram do papel
Levantamento feito pelo Estado mostra que, do pacote de R$ 308,9 bilhões anunciado para o enfrentamento da pandemia da covid-19, 63,9% (R$ 197,5 bilhões) não saíram do papel porque o governo não encaminhou as propostas ou o Congresso ainda não votou os projetos de lei que estão sendo usados para acelerar as ações, incluindo aquelas para ampliar a rede de proteção à população de baixa renda. As propostas emperradas abarcam R$ 105,3 bilhões em medidas que nem sequer foram editadas pelo governo e R$ 92,2 bilhões em ações que não foram enviadas ao Congresso, mas estão sendo incorporadas em projetos em tramitação. Até agora, as medidas de maior fôlego implementadas ficaram concentradas nas empresas, como a flexibilização das regras trabalhistas, oferta de crédito barato e suspensão do pagamento de tributos, além de auxílio a Estados e municípios.
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O Globo
Câmara aprova ajuda de R$ 600 para 24 milhões de trabalhadores informais
A Câmara aprovou ajuda de R$600, por três meses, para trabalhadores informais, que estão sem renda em razão da crise do coronavírus. Mais de 24 milhões de pessoas devem ser beneficiadas. O país tem cerca de 42 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. O “coronavoucher” seria inicialmente de R$ 200, passou a R$ 500 em acordo de líderes. Pressionado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente Jair Bolsonaro acabou subindo o valor para R$ 600, de última hora. É a primeira medida de grande alcance desde o início da crise, nove dias após o pacote anunciado pelo governo, que relutava em abrir os cofres públicos para combater os efeitos da pandemia. O texto inclui ainda auxílio emergencial de R$ 1.200 para mulheres chefes de família. A MP que trata do trabalhador formal deve ser concluída hoje pelo governo, que reduziu de quatro para dois meses a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho.
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