Anúncio de pré-candidatura é sinal de fumaça na política canoinhense

Estamos a pouco menos de 500 dias das eleições municipais e os primeiros sinais efetivos de fumaça começam a aparecer com o lançamento da pré-candidatura de Alexey Porcão (PSB) e Marcelo Galotti (PPS) à prefeitura de Canoinhas. O movimento é o mesmo da eleição passada, quando PSB, PPS, PDT e PSC fizeram reunião semelhante, bem adiantada, para lançar Alexey pré-candidato. No ano seguinte, Alexey se uniria a Beto Passos (PT) e perderia para Beto Faria (PMDB) e Wilson Pereira (PMDB).

    Se o que ocorreu na semana passada não for só fogo de palha (desconfio que seja) para valorizar o passe da suposta coligação, teremos três concorrentes à prefeitura de Canoinhas no próximo ano. Alexey dividiria com Passos os votos que somaram na eleição passada e Faria manteria os votos que o elegeram?

    Difícil prever. A coligação de Alexey, se se mantiver assim, tende a ser a mais fraca. Passos, por sua vez, soma ingressando no PSD, ganhando cabos eleitorais de respeito como Paulo Glinski, Wilmar Sudoski e Osmar Oleskovicz. Já Faria deve perder apoios importantes que teve em 2012 como do próprio PSD e do PR, de Renato Pike. Há ainda a possibilidade remota de surgir uma quarta via.

    Importante lembrar que muita gente votou tanto em Faria quanto em Passos em 2012 por falta de uma terceira via. Analisando eleições anteriores, essa terceira via, configurada duas vezes em Edmilson Verka (PSDB), tende a conquistar um eleitorado minguado, mas que pode ser decisivo para a eleição dos favoritos.

 

Inferno astral

Secretário de Educação de Canoinhas, Hamilton Wendt, quer trocar figurinha com o prefeito de Mafra, Roberto Scholze (PT). Ambos vivem um inferno astral. Enquanto Wendt é odiado por boa parte da classe dos professores e amargou uma constrangedora visita à Delegacia depois de ter sido abordado por policiais que o acusaram de dirigir embriagado, Scholze assistiu a instalação da CPI das Madeiras na Câmara de Mafra. Os vereadores querem investigar o destino de 262 árvores doadas pela Autopista Planalto Sul ao Município e depositadas no Centro de Serviços da Prefeitura e na ASPM. A madeira teria sido retirada dos locais por caminhões particulares, sendo desconhecida a sua destinação e aplicação. O prefeito nega as acusações, obviamente.

    Em tempo: Wendt foi liberado da Delegacia depois que um médico perito atestou que ele estava sóbrio. Mesmo assim, o termo de constatação de embriaguez lavrado pela Polícia Militar vai subir para o Fórum.

 

Farpas

Ao lamentar a falta de conservação nas ruas do distrito do Campo d’Água Verde, vereador Renato Pike (PR) resolveu soltar o verbo contra o modelo de gestão adotado pelo titular da secretaria de Obras, Bene Carvalho.

   Para ele, falta interesse do setor de Obras em solucionar problemas simples. “Informações dão conta de que onde não tem urna e ele não foi bem votado, não manda passar a patrola e não faz nada”, alfinetou durante pronunciamento na terça-feira, 19.

 

Contas

Ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, teve parecer favorável a aprovação de suas contas relativas a 2012. Porém, segundo ele, a Câmara não avaliou o parecer. Dessa forma, a validação das contas, ainda de acordo com Alberti, deve ser automática.

 

 

 RÁPIDAS

CARGO: Ex-assessor de Bela Vista do Toldo, Antonio Carlos assumiu o Procon de Canoinhas.

AGRÍCOLA: Deputado Antonio Aguiar (PMDB) adiantou nesta semana na Assembleia a liberação do cultivo sustentável da bracatinga no Estado por parte da Fatma.

BOA NOTÍCIA: A Defesa Civil do Estado vai fazer um estudo para elaborar o Plano Diretor das Bacias dos rios Canoinhas, Água Verde, Barra Grande e Negro.

PRÓXIMO PASSO: A partir do plano, serão definidas diretrizes como o desassoreamento e a dragagem dos rios.

SENADO: Dalírio Beber (PSDB) tomou posse nesta semana na vaga deixada por Luiz Henrique (PMDB).

FINALMENTE: A administração de Canoinhas comemora a retomada das obras de pavimentação por parte de uma das empreiteiras problemáticas. A segunda mais problemática promete retomar os trabalhos nos próximos dias.

90%: da arrecadação da maioria dos partidos políticos brasileiros vêm do Fundo Partidário, ou seja, do meu, do seu, do nosso bolso.

 

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