Apicultores se reúnem com MPSC para discutir morte de abelhas

Laudos divulgados nesta semana pela Cidasc apontaram contaminação por Fipronil, um inseticida fatal para os insetos

 

Nesta terça-feira, 12, após a divulgação do laudo que apontou a causa da morte de abelhas no Planalto Norte como sendo por agrotóxicos, apicultores se reuniram com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para discutir o assunto. O encontro foi acompanhado pela promotora Greice Souza, responsável pelo Centro Operacional do Consumidor no MPSC.

 

 

Segundo matéria veiculada no jornal Bom Dia Santa Catarina da NSC TV, entre as medidas que foram discutidas pelos apicultores junto ao Ministério Público, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina  (Epagri), estão como controlar melhor receituários de agrotóxicos, distribuição, a autorização para que os agricultores utilizem os defensivos agrícolas, que sejam feitos cursos de capacitação para aplicadores de agrotóxicos, principalmente, os que estão na região próxima a produção de mel. Foi levantada a possibilidade de o Estado proibir algumas dessas substâncias que são autorizadas no Brasil. A lei federal permite que o Estado tenha leis mais restritivas.

 

 

QUEM É O CULPADO?

A Cidasc e a Epagri estão verificando as lavouras próximas a produções de mel para identificar um culpado para a mortandade das abelhas. A grande dificuldade será provar quem colocou o princípio ativo na lavoura. Diversos produtores podem ter utilizado o agrotóxico, ou uso onde não poderia, quantidade errada, na época de floração, já no florescimento quando as abelhas aparecem, ou até mesmo pode ter sido usado algum equipamento indevido.

 

 

O Fipronil, a substância que foi encontrada pela Cidasc, é um inseticida que age nas células nervosas dos insetos e, além de ser utilizado contra pragas em culturas como maçã, soja e girassol, é usado também em coleiras antipulgas para cães e gatos.

 

 

SEMINÁRIO

O MPSC vai realizar nos dias 25 e 26, o Seminário sobre Agrotóxicos nos Alimentos, na Água e na Saúde. Pesquisadores de cada área devem se apresentar para discutir o potencial cancerígeno dos agrotóxicos, a contaminação do leite materno, resíduos nos alimentos e na água, comércio ilícito pela internet e apresentação da revisão de estudos científicos sobre os efeitos desses ingredientes ativos na vida. Na tarde do dia 26, haverá uma reunião conjunta do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT) com os Fóruns Gaúcho e Paranaense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos.

 

 

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