Pediatra foi acionada de manhã, mas só compareceu à unidade hospitalar no fim do dia
Vereadora Telma Bley (PMDB) relatou que foi procurada por servidores do Pronto Atendimento, que pediram auxílio na solução para o atendimento de uma criança de um ano que deu entrada com problemas de saúde, necessitando, inclusive, de transfusão de sangue, mas que não foi atendida devido à demora da médica pediatra que estava na escala de sobreaviso daquele dia. De acordo com a vereadora, o serviço foi acionado às 11h, mas a especialista chegou na cidade apenas no início da noite, sendo que o tempo máximo para que um médico de sobreaviso assuma o posto é 15 minutos após a solicitação. “Eu não consigo imaginar que ela vai receber esse valor para ainda estar viajando e chegar atrasada. Se ela tem que pegar o sobreaviso às 7h da manhã, ela tem que estar aqui na cidade e comparecer em 15 min se for acionada”, atentou.
Ainda segundo Telma, é preciso manter um monitoramento com mais propriedade e averiguar se haverá desconto do repasse para esta médica e para outro especialista que, de acordo com ela, também não atendeu no momento em que foi chamado. “A Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde estão custeando com valores altos esse serviço. Passam para cada profissional médico de cada especialidade R$ 1.019 por dia. Esse médico especialista tem que ficar em lugar alcançável e estar presente em 15 minutos na unidade hospitalar quando acionado”, explicou.
CONTRAPONTO
O JMais não conseguiu contato com a médica plantonista. O responsável pelo sobreaviso médico do Pronto Atendimento e do Hospital Santa Cruz, Adriano Aguiar, disse que vai averiguar a situação e que o contrato com os médicos prevê punição em casos como este. Adriano disse que vai à Câmara na segunda-feira, 8, para responder a questionamentos dos vereadores.