Com Agência Brasil e G1 SC
Soldados da Força Nacional de Segurança chegaram a Santa Catarina na madrugada deste sábado, 4. O avião pousou na Base Área de Florianópolis por volta de 1h25. No total, 33 homens chegaram em um avião da Polícia Federal. Os militares ficarão na academia da Polícia Rodoviária Federal em Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, “Vamos entrar no plano de intervenção conjunto com efetivos federais. Haverá um reforço da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. A Força Nacional de Segurança Pública vai auxiliar a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal nas tarefas que forem assumidas pelo Ministério da Justiça neste plano de integração”.
Cardozo reuniu-se com o governador em exercício de Santa Catarina, Nelson Schaefer Martins, na noite de sexta-feira, 3, em Florianópolis para discutir ações de combate à onda de ataques a ônibus, delegacias e postos policiais que ocorrem em várias cidades catarinenses. Já são 25 ônibus incendiados desde o início das ações criminosas.
O ministro disse ainda que neste sábado, 4, poderá dar mais detalhes sobre o plano de combate à onda de criminalidade no estado e defendeu um plano de integração das polícias. “Chegou a hora de termos um Plano Nacional de Integração das Polícias. É isso que estamos propondo fazer. O paradigma da Copa do Mundo, a maneira como as polícias comportaram-se, a criação de centros de Comando e Controle nos estados-sede da Copa mostrou que quando você faz essa integração de polícias e tem um plano integrado permanente, o crime organizado pode ser enfrentado”, disse Cardozo.
Os atentados completaram uma semana nesta sexta, com 64 ataques confirmados até 19h30 de sexta-feira, 3. Ao menos outras três ocorrências após este horário eram investigadas pela equipe de inteligência da Polícia Militar.
Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a ordem saiu de dentro dos presídios. Detentos catarinenses que foram transferidos para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no início de 2013, após a segunda onda de ataques, enviaram a mensagem de ataques para integrantes da facção criminosa do Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, a qual foi retransmitida para membros de todo o estado.