Na delegacia, atirador se nega a falar; vítima será sepultada neste domingo

John Lenon Moreira Alves, de 18 anos, foi preso logo depois de atirar contra pessoas que estavam em frente à boate; arma não foi recuperada

 Foto: John Lenon Moreira Alves, logo depois de ter sido preso/Edinei Wassoaski/JMais

John Lenon Moreira Alves, 18 anos, acusado de ter disparado vários tiros contra os frequentadores da danceteria Vila Multishow, em Canoinhas, na  madrugada deste sábado, 8, ficou calado perante o delegado regional Rui Orestes Kuchnir na manhã deste sábado, 8.

Segundo o delegado, ele deve ser encaminhado à Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas na tarde deste sábado.

Alves teria sido expulso por seguranças de dentro da boate depois de ter se envolvido em uma briga. Ao deixar o local, ele prometeu vingança contra os seguranças.

Alexandre tinha 21 anos/Facebook/Reprodução
Alexandre tinha 21 anos/Facebook/Reprodução

Momentos depois, acompanhado de uma pessoa ainda não identificada que dirigia o carro no qual ele estava, Alves voltou armado com um revólver e disparou vários tiros a esmo. Um dos tiros atingiu o rosto do estudante Alexandre da Cruz, 21 anos, que morreu pouco depois na UTI do Hospital Santa Cruz. Outras duas pessoas – uma moça de 24 anos e um rapaz de 22 anos – foram atingidos pelos tiros e foram levados pelos bombeiros ao Pronto Atendimento Municipal.

Há ainda um terceiro ferido, que até o momento não se sabe se foi ferido por um dos disparos ou se estava envolvido em uma briga.

Apenas a moça, que levou um tiro na região das nádegas, segue internada, mas seu estado não é grave. Os rapazes já foram liberados.

Durante os tiros houve pânico e correria. Várias pessoas foram pisoteadas. Elas também foram encaminhadas ao Pronto Atendimento Municipal. Não há nenhum caso grave.

CAPTURA

Policiais militares se espalharam por toda a cidade na captura a Alves.

Com as características do veículo que pertence a Alves, eles conseguiram localizá-lo e prendê-lo no distrito do Campo d’Água Verde, em uma travessa próxima a rua Adolfo Bading.

Já na manhã deste sábado, 8, a PM prendeu quatro suspeitos de serem o motorista do carro. Os quatro foram liberados por falta de provas.

A arma utilizada por Alves ainda não foi localizada.

Alves tem várias passagens pela Delegacia desde quando era menor de idade. Kuchnir frisa que apesar de ele não confessar o crime, há várias testemunhas que o apontam como sendo o atirador. Ele deve ser indiciado por homicídio consumado e tentativa de homicídio.

Alexandre tinha família em Canoinhas, mas, no momento, morava em Joinville, onde estudava. Seu corpo está sendo velado no Centro de Velórios Vida Amiga, em Canoinhas e o sepultamento acontecerá neste domingo, 9, às 9h, no Cemitério Municipal.

 

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