Audiência pública promoverá debate para evitar fechamento de hospitais filantrópicos em SC

Gestores hospitalares, dirigentes de entidades, funcionários de hospitais de vários municípios do estado, lotaram as galerias do Plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 14, para alertar a sociedade sobre o risco de fechamento de unidades, caso os governos federal e estadual não ampliem a fonte de recursos para os hospitais filantrópicos que atendem SUS.

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de SC, Hilário Dalmann, representando as três entidades hospitalares de SC (Associação e Federação dos Hospitais e Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de SC) foi enfático “a rede poderá entrar em colapso e a população ficará sem atendimento antes do final do ano, se não forem aplicados mais recursos no setor”.

O pronunciamento na tribuna serviu de alerta para as autoridades e a sociedade que estão sendo avisadas sobre a gravidade da situação. Entre os principais problemas enfrentados estão a defasagem da Tabela do SUS, além das dívidas junto à fornecedores e bancos. Os 182 hospitais filantrópicos em SC acumulam uma dívida que ultrapassa os 200 milhões de reais.

“Será o caos total se nada for feito”, alerta Dalmann.  A população será a maior prejudicada em Santa Catarina porque aqui, ao contrário de outros estados, a responsabilidade pelo atendimento de 70% da população acontece através dos hospitais filantrópicos, em outros estados a média chega a 40%.

Os  parlamentarem fizeram discursos inflamados em favor da causa, o deputado Darci de Mattos trouxe exemplos para o debate, apresentando números do que é pago pelo governo federal, uma diária de UTI, que custa R$ 1.500,00 o SUS só repassa R$ 500. “Essa conta não fecha, ninguém consegue fazer milagre”. O deputado ainda propõe o debate sobre a destinação dos recursos sobre a devolução do duodécimo por parte dos poderes, “porque não, abrir o debate e repassar estas verbas para os hospitais?”, propõe Mattos.

O deputado estadual Dalmo de Oliveira, disse que tudo tem limite, e que esta situação precisa ser debatida em Audiência Pública, com a participação das entidades hospitalares, governo e sociedade. Para o deputado José Milton Schaeffer, presidente do Fórum Parlamentar em Defesa da Saúde Catarinense, é preciso através da Audiência Pública, “encontrar o caminho do financiamento”.  Esta mobilização fez parte da segunda etapa da campanha nacional em defesa de mais recursos para o SUS, “Acesso à Saúde – Meu Direito é um Dever do Governo”. A terceira etapa está marcada para o dia 04 de agosto em Brasília.

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