Bancos privados de Canoinhas e Três Barras entram em greve

Fotos: Márcio Passos/betopassos.com.br

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Todos os bancos privados de Canoinhas e Três Barras estão fechados nesta quarta-feira, 14. Em assembleia nesta terça-feira, 13, os bancários decidiram aderir à greve nacional da categoria. Ainda estão abertas as agências da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil de Canoinhas. Segundo o Sindicato da categoria, no entanto, a tendência é de que os funcionários das agências federais entrem em greve nesta quinta-feira, 15. Não há previsão de retomada dos serviços.

A última greve geral de bancários ocorrida em Canoinhas foi em 1986.

Em Porto União e União da Vitória as agências estão em greve desde o começo da semana.

 

NACIONAL

No oitavo dia de greve dos bancários no país, o número de agências fechadas no país subiu para 11.437, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 13, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O número representa aumento de 619 agências em relação ao dia anterior de greve.

De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país.

A proposta econômica apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), prevendo reajuste salarial, pagamento de abono e participação nos lucros (PLR), foi recusada pelas lideranças sindicais. A Federação aguarda uma nova proposta dos bancários para que possamos prosseguir nas negociações que resultem em acordo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que aguarda uma nova proposta dos bancários para “prosseguir nas negociações que resultem em acordo”, uma vez que a apresentada pelos bancos foi recusada pelas lideranças sindicais.

De acordo com a Febraban, os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

 

REIVINDICAÇÕES
A greve foi iniciada no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.

A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).

Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.

 

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