Alterações no plano de cargos e salários são pleiteadas há anos
PONTOS
Nesta semana algo inusitado aconteceu no Facebook. Popularizado por criticar dia sim e dia também a gestão municipal o grupo Reclame Canoinhas mudou de nome. Agora chama-se Reclame e Elogie Canoinhas.
Coincidência ou não, o administrador da página, que é servidor público municipal, mudou o nome na mesma semana em que o prefeito Beto Passos (PSD) apresentou na Câmara de Vereadores um projeto de lei que altera o Estatuto do Servidor, reinstaurando vários benefícios ao funcionalismo municipal.
De fato, Passos somou pontos não só com o administrador da página, mas com todo o funcionalismo. Fez mais, atacou direto em um dos pontos fracos de Leoberto Weinert (MDB), que havia retirado os benefícios por meio de lei aprovada em 2007. Se Weinert se candidatar a reeleição, Passos saberá explorar bem a pecha de “inimigo do funcionalismo”. “Querem perder os direitos reinstituídos?” será a pergunta que ecoará no subconsciente dos servidores municipais.
Há um bom tempo venho martelando aqui na coluna da necessidade que Passos tem de deixar uma marca de governo que apague imagem de “prefeito festeiro”. O pacote de obras de asfaltamento e a aprovação que ainda está por vir das alterações no Estatuto podem ser boas marcas, que farão a diferença na próxima eleição. Tudo depende, agora, da execução destes projetos.
“Toda obra é eleitoreira”
do prefeito de Três Barras, Luis Shimoguiri (PSD), rebatendo críticas da oposição ao anunciar investimento de R$ 40 milhões em asfaltamento de 52 ruas da cidade além de outras obras. Na visão do prefeito, tudo que ele faz tem o objetivo de agradar a população a fim de ter uma boa avaliação, logo é atitude eleitoreira
PRAÇA
Circula no Facebook postagem que questiona o investimento de R$ 1 milhão (na verdade são R$ 900 mil) na obra de reforma da praça Lauro Müller. A prova do “desvio de recursos” seria a planta da praça, feita por acadêmicos do curso de Arquitetura do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv) que prevê, entre outras coisas, duas quadras, o que não foi feito.
Ocorre que a planta original foi orçada em R$ 3 milhões. Prefeito Beto Passos conseguiu levantar R$ 900 mil e bancar parte do projeto.
CARROÇAS
Prefeito Beto Passos sancionou a lei que proíbe o trânsito de veículos de tração animal pela área urbana de Canoinhas, a fim de coibir maus tratos aos cavalos. Isso não significa que a aplicação é imediata. O governo tem 90 dias para regulamentar a lei e os carroceiros têm 120 dias para se adequar à ela.
A PROPÓSITO
Enquete encerrada ontem pelo JMais mostra que 584 internautas apoiam a lei, ante 126 que não aprovam a nova legislação municipal.
INCONFORMADOS
Familiares de Evaldo Dranka pediram explicações à Câmara de Vereadores de Canoinhas sobre projeto de lei que tira o nome da Escola Municipal do distrito da Barra Mansa. O projeto passou em primeira votação e está pautado para segunda votação nesta segunda-feira, 9.
SEMANA AGITADA
A megaoperação policial nesta semana na região deixou a população em polvorosa, especialmente pela presença do helicóptero da Polícia Civil voando baixo. Comparativos com o Rio de Janeiro estiveram entre os comentários.
ACORDO
Acordo assinado entre o Sindilojas e o Sindicato do Comércio Varejista de Canoinhas definiu pela possibilidade de o comércio em geral da região trabalhar até 21 horas das vésperas dos feriados deste sábado, 7, e da próxima quinta-feira, 12. Nos dias de feriado nada ficará aberto.
POMBOS
Muitos canoinhenses estão reclamando da infestação de pombos nas praças da cidade. Pois bem, o problema não é exclusivo de Canoinhas. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro convocou um pregão presencial para contratar serviços de controle populacional de pombos. Prevê gastos de R$ 26,8 mil em 12 meses.
DEBANDADA
Se a coisa não está boa no Brasil, está assim de catarinenses buscando uma alternativa se a coisa degringolar de vez. Para muitos a saída é… Luxemburgo.
O pequeno país europeu tem sido destino de dezenas de catarinenses nas últimas semanas. Os brasileiros buscam dupla cidadania, como forma de facilitar uma fuga para a Europa. A procura tem sido tão grande que o governo luxemburguês instalou seu primeiro consultado em solo brasileiro em Palhoça, na Grande Florianópolis. O motivo da procura é porque se concentra em SC boa parte dos descendentes luxemburgueses do Brasil.
CAROLAS
A deputada Ana Caroline Campagnolo (PSL) abordou na tribuna denúncia feita pelo deputado André Fernandes (PSL/CE) sobre cartilha com orientação para professores tratarem do tema no Ceará. “Vai ensinar os professores a ensinar ideologia de gênero”, criticou a deputada, que citou norma da Associação Americana de Pediatria que trata a sexualidade humana como um traço biológico binário e gênero como conceito sociológico.
“Tem questões que estamos de acordo: o assunto tem de ser discutido de acordo com a idade”, assinalou Paulinha (PDT).
As duas ouviram caladas a réplica da deputada Ada de Luca (MDB). “Não falo só como mãe, mas porque tenho netos: sou a favor da orientação sexual acima de dez, onze anos. As crianças comentam horrores entre elas, então que vão comentar com conhecimento de causa. Orientação envolve se a criança é gay ou não. Não é direita, esquerda, conservador, é a realidade. Vamos parar de mascarar a coisa, o mundo está evoluindo”, pontuou a deputada.
BEIJO GAY
O prefeito-pastor Marcelo Crivella tentou ganhar os holofotes com o eleitorado reacionário mandando recolher gibis que expõem um beijo gay. Foi hostilizado nas redes sociais, teve de engolir o esgotamento das revistas e, ainda, para coroar, o youtuber Felipe Neto comprou todos os livros de temática LGBT da Bienal do Rio de Janeiro e distribuiu gratuitamente entre os frequentadores do evento neste sábado, 7.
CÂMERA NA FARDA

Deputado estadual Jessé Lopes (PSL) concordou com os policiais que não aceitam utilizar a câmera de vídeo acoplada à farda.
“Se uma resolução da Casa definir que vamos usar câmeras, ou que terá câmera no gabinete toda vez que entrar alguém, será que não vai causar desconforto? Cadê a privacidade? É isso que está acontecendo com a polícia”, alertou Jessé.
Policiais, assim como deputados, prestam um serviço público. Nada mais justo que sejam monitorados.
HOSPITAIS FILANTRÓPICOS
José Milton Scheffer (PP) repercutiu na tribuna encontro de administradores dos hospitais filantrópicos, que aconteceu no Centrosul, em Florianópolis.
O deputado revelou que a Assembleia Legislativa foi referida “como grande parceira dos hospitais filantrópicos” e defendeu a implantação de uma política hospitalar definitiva.
“Tem de atender o maior e o menor hospital, ninguém pode ficar de fora, deve envolver R$ 300 milhões e levar em conta a quantidade de atendimentos”, previu o ex-prefeito de Sombrio.
De prático para ajudar os hospitais, no entanto, nada.
LEI
Os deputados estaduais aprovaram em turno único projeto de lei que amplia as restrições para o corte de fornecimento de serviços públicos em caso de inadimplência. A medida consta no PL 121/2019, de autoria do deputado Jerry Comper (MDB).
Ela altera a Lei 11.959/2011, que proíbe o corte do fornecimento de água e energia elétrica por falta de pagamento em dias específicos. Atualmente, a lei estabelece que água e eletricidade não podem ser cortados às sextas-feiras, sábados, domingos, feriados e no último dia útil anterior a feriado.
PROVA REAL
Os problemas para o desenvolvimento de Blumenau e dos municípios do Sul do Estado foram o tema de destaque na sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira, 5. Os deputados Ricardo Alba (PSL) e José Milton Scheffer (PP) utilizaram a tribuna para alertar sobre situações que consideram emergenciais para os catarinenses que moram nas regiões representadas por eles.
Alba levou ao Plenário dados sobre a situação econômica das cidades de Santa Catarina, destacando os índices de crescimento alcançados em 2018 pelos maiores municípios. A arrecadação de ICMS de Itajaí, mostrou, cresceu 28%, Jaraguá do Sul subiu 11%, Joinville chegou a 10%, Florianópolis somou 6% e Chapecó ganhou 5%, enquanto Blumenau sofreu uma redução de 1,45%.
A insignificante redução do crescimento da pujante Blumenau ser pautada na Alesc mostra o quanto nossa região está sem representante no Legislativo catarinense.