Parece que o grande e decantado amor entre o Legislativo e o Executivo canoinhense está acabando. Vereadores reclamam dos projetos de lei, enviados em regime de urgência para a Câmara. Sempre começa assim…: primeiro as reclamações sobre os projetos de lei e a falta de atenção do Executivo, depois as reclamações sobre o não atendimento dos pleitos dos nobres edis e, por fim, a crítica pela falta de obras, pela falta disso e daquilo….
Algo está mudando II
Fico feliz em ver que o legislativo está reagindo, afinal foram eleitos para legislar e fiscalizar os atos do Executivo. Porém, a impressão que se tem até agora, é que temos uma Câmara anestesiada, pouco produtiva, mais afeita a indicações que à fiscalização e aos projetos.
UnC
Agradeço de coração às manifestações dos leitores pela minha coluna sobre a Universidade do Contestado. Expressei exatamente o que penso e o que sei. Evidente que alguns não gostaram e de forma anônima procurar desqualificar minhas informações, o que é lamentável! Sempre fui aberta à críticas e ao diálogo! Só uma coisa exijo: argumentos! Se não os tem não adianta querer discutir.
O Brasil que não queremos
Quem olha o Brasil de hoje e o compara ao país de quadro anos atrás leva um choque. Em vez da euforia de uma economia crescendo ao ritmo alucinante de 7,5%, com consumidores, empresários e investidores comemorando tantas conquistas, o que se vê é uma nação anestesiada, fruto de um apagão institucional. Da inflação alta à violência que tomou as ruas, tudo remete à ausência de Estado.
O reflexo mais claro desse processo é a Copa do Mundo. Para um país que ganhou fama planetária como a pátria do futebol, apostava-se que, faltando pouco mais de um mês para o início dos jogos, a população estivesse totalmente engajada. Mas estamos longe disso. A Copa, já se sabe, não deixará nenhum grande legado. A maior parte das obras que deveriam melhorar as condições de vida nas cidades-sedes sequer saiu do papel.
Cresce o número de golpes
A cada 17,2 segundos um estelionatário tentou cometer um golpe usando dados pessoais de outra pessoa. Foram 155.399 tentativas de fraude somente em março deste ano, segundo dados da Serasa Experian. Uma alta de 1,6% na comparação com o mês anterior.
São criminosos que usam da falsidade ideológica para obter créditos ou adquirir crediários e não pagar. A telefonia foi o segmento onde golpistas mais tentaram usar as informações de outra pessoa (38,1%), em seguida vem o setor de serviços, que inclui, por exemplo, construtoras, imobiliárias e seguradoras (32%).
O setor bancário é o terceiro do ranking de registros em março de 2014, com 19,8% do total. O segmento varejo registrou 8,3% das investidas contra o consumidor.
O decreto do Serviço de Atendimento ao Consumidor, conhecido como a Lei do SAC, vai completar seis anos em julho deste ano sem comemorar avanços expressivos. Tentar resolver um problema com a empresa pelo telefone ainda é uma via-crúcis para os clientes. São inúmeros protocolos, dificuldades para falar com os atendentes para, na maioria das vezes, o conflito não ser resolvido.
A Via-crúcis do Serviço de Atendimento ao Consumidor
Dez determinações da lei e como as empresas não cumprem
1. Tempo máxima de espera: 1 minuto
O consumidor liga para os números e o SAC não atende ou demora a atender. Além disso, a empresa pode até atender o telefonema do consumidor no prazo previsto, mas muitas vezes ele fica esperando porque “todos os atendentes estão ocupados”.
2. O contato com o atendente deve estar no menu principal e em todos os menus
Tem menus de empresas que não têm a opção de falar com o atendente nem no menu principal, nem nos secundários. Algumas vezes, o consumidor só consegue falar com as gravações e não consegue resolver o problema.
3. O profissional deve ter capacidade técnica para resolver o problema
Essa é uma das principais queixas dos consumidores. O atendente quase nunca consegue resolver o problema na primeira ligação.
4. Não pode ser veiculada qualquer mensagem publicitária durante a ligação
É comum as empresas colocarem propagandas enquanto o consumidor espera para ser atendido
5. O consumidor só pode ser transferido uma única vez durante a ligação, em no máximo 60 segundos, e o próximo atendente não pode exigir que o problema seja explicado de novo
Isso não ocorre. O consumidor é transferido mais de uma vez e sempre tem que explicar a situação para o novo atendente. Inclusive, o consumidor anota vários protocolos diferentes, para cada atendente.
6. A ligação não pode ser finalizada antes da conclusão do atendimento
Não é incomum a ligação cair no meio do atendimento.
7. As empresas têm até cinco dias úteis para dar uma resposta ao cliente. Se não for possível solucionar o problema dentro do prazo, a empresa deve pelo menos informar quais medidas está tomando ou ainda dizer que não é possível atender ao pedido do cliente.
Dificilmente os prazos e as justificativas são cumpridas pelas empresas.
8. Pedido de gravação por 90 dias e as empresas devem mandar 72 horas depois
Nem todas as empresas têm esse arquivo ou dificultam mandar.
9. As ligações para o SAC, tanto para informação quanto para reclamação, não podem ser cobradas. O atendimento das solicitações também não pode resultar em ônus para o consumidor.
Muitas empresas até têm o 0800. Mas para as capitais fornece um número com o valor de ligação local e não aceita que moradores da capital usem o 0800.
10. O número do SAC deve constar de forma clara e objetiva em todos os documentos e materiais impressos entregues ao consumidor na contratação do serviço, bem como na página eletrônica da empresa na internet.
Esse é um dos poucos itens que as empresas levaram a sério. Os números de telefone geralmente estão nas páginas da web e nos panfletos publicitários.